Para algumas pessoas, em determinados momentos da vida, pensar na morte torna-se na única saída para uma situação de sofrimento intolerável. Apenas num único ano, cerca de um milhão de pessoas no mundo puseram fim à sua própria vida – aproximadamente uma morte a cada 40 segundos – e provavelmente há 4 milhões que o tentam fazer! O suicídio encontra-se entre as 10 primeiras causas de morte, sendo que por cada suicídio ocorrem 11 tentativas sem sucesso.Só em Portugal, a taxa de suicídio dobrou na última década, de cerca de 600 para mais de 1.200 casos por cada ano. Dá que pensar, não é?
A Psicanálise, teoria de Freud, é uma das áreas que se interessa pelo estudo do suicídio, onde tem de o olhar através da multidisciplinariedade na qual vários fatores são considerados, onde realiza o estudo da constituição do sujeito a partir das suas primeiras relações de objeto – mãe/filho, contexto familiar, estendendo-se mais recentemente para as interações sociais no intuito de compreender, profundamente, as causas humanas, através de processos psíquicos complexos. Freud acreditava, que o suicídio ocorre após um desejo reprimido de matar outra pessoa.
Para a psicanálise, o suicídio é uma situação psicótica. A tentativa geralmente está associada às fantasias que cada pessoa tem com relação à morte: busca de uma outra vida, desejo de ressurreição, reencontro com mortos, volta ao seio materno e retorno à vida intrauterina, agressão e punição ao ambiente.
Alguns números acerca das características das pessoas que tendem a suicidar-se…- Mais frequente nos homens que nas mulheres (2:1).
- Presença de problema psiquiátrico/psicológico em pelo menos, 93% dos casos.
- Perturbação do humor (depressão, bipolaridade) ou alcoolismo em 57-86 % dos casos.
- Doença terminal em 4-6% dos casos.
- Cerca de 66% comunicaram a intenção suicida (40% de forma clara).
- Cerca de 33% tiveram tentativas anteriores de suicídio.
- Cerca de metade não tinham contactado técnicos de saúde mental.
- 90% tinham contactado serviços de saúde.
O suicídio raramente é uma decisão repentina, apesar de amigos e familiares conceberem esse acontecimento como algo completamente inesperado, surpreendente ou até chocante. Na maioria dos casos, o suicídio é algo planeado – a pessoa constrói um plano, estabelece uma data, define um método e pensa nessa possibilidade ao longo de algum tempo, antes de tomar uma decisão definitiva.
Para fortalecer o que já foi dito, aconselho a visualizarem o link abaixo, que relata a historia de Amanda Tood, uma simples rapariga que dicidiu por fim á vida com apenas 15 anos.
Catarina Nº9
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