domingo, 4 de junho de 2017

Lobotomia

A busca pela cura dos transtornos mentais motivou cirurgias pavorosas ao longo da história. Mas nenhuma foi tão extrema quanto a lobotomia, desenvolvida nos anos 30 pelo psiquiatra americano Walter Freeman. A operação começava com um choque elétrico para deixar a pessoa inconsciente. Com a ajuda de um martelo, o médico introduzia um quebra-gelo no globo ocular até atingir o interior do crânio. Em seguida, girava o instrumento, cortando as ligações entre o lobo frontal e as demais regiões do cérebro. Depois da intervenção cirúrgica, pacientes que muitas vezes apresentavam comportamento agressivo ficavam calmos, prontos para retornar à sociedade. A técnica virou moda: cerca de 70 mil lobotomias foram feitas até 1978 nos EUA e na Europa. Mas o outro lado da história era de arrepiar. Pelo menos 3,5 mil pessoas morreram em decorrência da cirurgia. E dezenas de milhares viraram verdadeiros zumbis.
Atualmente as lobotomias caíram em desuso, e doenças que Freeman tratou com lobotomia podem ser tratados com medicação, por exemplo no caso da esquizofrenia e outras doenças que nem sequer podem ser assim chamadas, como é o caso da homossexualidade, não precisam de tratamento.

Daniela Pacheco nº11





Sociopatia vs psicopatia

Tanto a sociopatia como a psicopatia são consideradas pela psiquiatria como desordens de personalidade antissociais. A origem destas doenças é ainda uma incógnita: é uma predisposição biológica ou é o resultado do meio ambiente?
Embora ainda não seja um fato estabelecido, os investigadores tendem a considerar que a psicopatia é genética, sendo que não houve um desenvolvimento total da parte do cérebro responsável pelo controlo de impulsos e as emoções, enquanto a sociopatia possui como causa não só a genética, a predisposição hereditária, como a influência do ambiente é fundamental para a sua eclosão.
Existem vários pontos em comum entre estes transtornos, o que pode levar a uma confusão entre os dois termos. São eles:
- Um desrespeito para com a lei e questões morais;
- Um desrespeito para com os direitos dos outros;
- Ausência de sentimentos de remorso e culpa;
- Uma tendência para ser violento.
No entanto, existem características exclusivas de cada problema.
 Os sociopatas tendem a ser mais nervosos, a sua propensão a explosões emocionais torna-os voláteis. Esta característica da explosão emocional manifesta-se também na forma como assassinos sociopatas atuam: espontânea e desorganizadamente.
Sociopatas são pessoas ou com um QI muito elevado ou muito baixo, não há meio-termo. Tendem a viver o mais longe possível da sociedade e as suas interações com os outros são mínimas. Portanto é muito pouco comum para um sociopata manter quer uma relação quer um emprego a longo prazo.
Enquanto os sociopatas são bombas emotivas, os psicopatas não conseguem mostrar qualquer emoção para com o próximo, o que faz com que não sinta remorso ou culpa por qualquer tipo de atrocidade cometida perante outrem. Característica esta que se manifesta na medida em que os crimes cometidos por psicopatas são sempre bem planeados, meticulosos e cuidadosos.
Os psicopatas aprendem a fingir emoções, isto aliado ao facto de normalmente terem personalidades cativantes, torna-os capazes de, facilmente, ganharem a confiança de quem os rodeia e rapidamente manipula-los.
Os psicopatas costumam ter habilitações literárias e empregos fixos alguns conseguem formar uma família ou relações duradouras e aqueles que com quem confraternizam não se apercebem do seu problema.                                                                                      


                                                           Daniela Pacheco nº11

Sistema de Educação

 Agora que estámos no término do 12º ano, é hora de fazermos reflexões sobre o que fizemos bem e o que fizemos mal, mas também devemos refletir sobre o que poderia ser melhorado para um melhor aproveitamento dos alunos, no pós-escola.
 Creio que o sistema de educação era algo que devia ser revisto, e nada melhor para ilustrar as minhas ideias do que apresentando este vídeo.



                                     

Espero que tenham gostado e que vos tenha feito refletir, assim como o fez a mim!
       
                                                                                                        Luís Monteiro Nº13


Um País Vencedor


   Sempre fomos um povo que achava que Portugal nunca alcançaria feitos notáveis, por esse mundo fora. Sempre tivemos a mentalidade de achar que os outros eram superiores a nós e, por isso, nos dávamos como perdidos. Porém, um conjunto de figuras nacionais, mostraram que afinal, não é bem assim. Portugal é, cada vez mais, um país reconhecido mundialmente pela sua cultura desde o desporto à musica, da literatura ao cinema.

  Orgulhamo-nos de dizer que pertencemos a um país de vencedores.
 
Dia 10 de julho de 2016, aos 109 minutos de uma final complicada, Éder rematava à baliza da seleção francesa, balançava as redes, e fazia explodir o coração de milhões de portugueses, espalhados pelo mundo. Éramos assim, pela primeira vez na nossa longa história, campeões europeus de futebol, calando a crítica e todos aqueles que diziam que nunca seriamos capazes de tal.

 Dia 13 de maio de 2017, Salvador Sobral, um jovem humilde, encantava o mundo com a sua voz, ao atuar no festival da Eurovisão. Viria a conquistar a maioria dos votos, e desse modo, conquistava o festival. Portugal ganhava, pela primeira vez na sua história, a Eurovisão.
 
Mas foram muitas as pessoas que elevaram o nome da nação valente e imortal. Personalidades das mais variadas áreas como Luís Vaz de Camões e Fernando Pessoa na poesia, Saramago na literatura tendo mesmo ganho o prémio Nobel ou Nelson Évora, campeão olímpico em 2008, no salto em comprimento.
 



 Como vemos, Portugal deve ser visto como uma nação forte e capaz. Devemos acabar com a ideia de que os outros conseguem e nós não. Devemos ter orgulho, pois pertencemos a um país de campeões.

Pedro Ribeiro, nº 18

O caso de Phineas Gage

  Phineas Gage viveu no século XIX, nos Estados Unidos. Era visto como um rapaz bastante simpático, bem-educado, responsável e esforçado. Trabalhava como funcionário nos caminhos de ferro americanos e, em 1848, com apenas 25 anos, sofreu um grave acidente de trabalho. Enquanto colocava explosivos, ocorreu uma enorme explosão. Umas das barras de ferro ter-se-à soltado, perfurando-lhe o crânio, atingindo as áreas pré-frontais cerebrais. Por incrível que pareça, Phineas sobreviveu, porém nunca chegou a recuperar totalmente. Após o acidente, tornou-se numa pessoa bastante mal educada, arrogante, irritando-se com muita facilidade. 


  Esta repentina mudança no seu comportamento foi explicada pelo facto de a barra metálica ter atingido as áreas pré-frontais. Assim, ficou demonstrado que, esta zona cerebral, desempenha uma importante função ao nível da regulação das nossas emoções e personalidade. Phineas acabaria por perder o seu emprego, deambulando pelas ruas de Nova Iorque e pela Califórnia. Morreu em 1861, com 38 anos. Foi enterrado juntamente com a barra de ferro que o mudou para o resto da vida.

Assim percebemos que, as áreas pré-frontais, não são responsáveis apenas pela memória, resolução de problemas, reflexões ou tomadas de decisões. Estas assumem um papel fundamental na nossa personalidade e emoções, ditando quem nós somos e como vemos o mundo à nossa volta.

Pedro Ribeiro, nº 18

terça-feira, 30 de maio de 2017

Armas Químicas e Biológicas

   Qualquer guerra é um espectáculo sangrento e abominável. Mas até para matar há limites: as armas não devem causar ferimentos supérfluos, cruéis, desumanos ou degradantes. Isso em teoria. Pois o homem inventa, produz, armazena e está pronto para usar um arsenal tão perverso que até a ténue ética da mortandade fica manchada. São as armas químicas, chamadas “bomba atómica dos pobres”, pois podem ser preparadas em qualquer país que disponha de uma indústria de fertilizantes químicos ou pesticidas medianamente desenvolvida.
   Meses atrás, por exemplo, descobriu-se na Líbia uma fábrica de armas químicas disfarçada de indústria farmacêutica. E uma mostra real desse pesadelo ficou registada em Março do ano passado no ataque iraquiano com gás mostarda à aldeia de Halabja, um lugarejo em seu território que havia sido invadido pelo Irã, habitado pelos curdos. Cinco mil civis foram mortos. Sete mil ficaram feridos. As imagens das vítimas paralisadas em agonia horrorizaram o mundo. Por sua vez, a União Soviética foi acusada de usar gases incapacitantes contra os rebeldes no Afeganistão.
   A ideia de aniquilar o inimigo por envenenamento é bem antiga. Já na Índia de 2000 a.C. era comum empregar nas guerras cortinas de fumaça, dispositivos incendiários e vapores tóxicos. O historiador grego Tucídides conta que na Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.) os espartanos colocavam madeira impregnada com enxofre e piche ao redor dos muros das cidades inimigas, criando vapores sufocantes. No fim do século XIX, na Guerra dos Bôeres, na África do Sul, as tropas inglesas inventaram um artifício para lançar ácido pícrico, um explosivo. O engenho não funcionou, mas começaram aí as tentativas de ganhar combates com armas tóxicas. No entanto, com o desenvolvimento da ciência, começou também a fabricação de substâncias poderosamente venenosas para fins militares.
   A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) marcou a entrada da química nos campos de batalha. Em 1915, o cientista alemão Fritz Haber teve uma ideia para obrigar as tropas inimigas a sair da protecção das trincheiras e aceitar o combate a céu aberto: espalhou gás cloro num front perto da cidade belga de Ypres. Foi uma devastação – 5 mil desprevenidos soldados franceses foram mortos e outros 10 mil ficaram feridos. O cloro pertence ao grupo dos gases sufocantes, que irritam e ressecam as vias respiratórias. Para aliviar a irritação, o organismo segrega líquido nos pulmões, provocando um edema. A vítima morre literalmente afogada.
   Como se não bastasse o cloro, a desenvolvida indústria química alemã -especialmente a tristemente famosa IG Farben – redescobriu o gás mostarda, inventado meio século antes na Inglaterra. Além de atacar o revestimento das vias respiratórias provocando feridas e inchaço, esse gás com cheiro de mostarda (daí o nome) provoca bolhas e queimaduras na pele e cegueira temporária. Inalado em grande quantidade, mata. Os franceses retrucaram como cianeto de hidrogénio e o ácido prússico, chamados gases do sangue. Quando inaladas, as moléculas desses gases se unem à hemoglobina do sangue, impedindo-a de se combinar com o oxigeno para transportá-lo às células do corpo, causando a morte.
   Ao todo, as mortes provocadas por gases venenosos na Primeira Guerra Mundial somaram perto de 100 mil; os feridos, em torno de 1,3 milhão. A fama de vilão porém recaiu exclusivamente sobre Fritz Haber, o mentor do ataque alemão a Ypres. Pouco lhe valeu ser contemplado com o Prémio Nobel de Química em 1918 – sob protesto dos cientistas – por ter conseguido a síntese da amónia, inventando assim os fertilizantes químicos. Em 1925, a Liga das Nações, precursora da ONU, havia proibido no Protocolo de Genebra o uso militar de gases asfixiantes, tóxicos e outros, assim como o de agentes bacteriológicos.
    A Liga omitiu-se, porém, quanto a fabricação e estocagem desses venenos. Mal tinha secado a tinta do protocolo, a Espanha reprimiu a gás mostarda uma revolta em Marrocos, então sua possessão. E em 1931 o Japão usou fartamente armas químicas na invasão da Manchúria, onde também realizaria horrendas experiências de guerra bacteriológica. Em 1936, as tropas italianas jogaram gás mostarda na Etiópia, matando homens, animais e envenenando rios.
   Naquele mesmo ano, na IG Farben alemã, um químico chamado Gerhard Schrader estava incumbido da pacífica tarefa de desenvolver insecticidas. Trabalhando com organofosforados – compostos de carbono, hidrogénio e oxigénio misturados ao fósforo -, Schrader sintetizou um produto tão mortífero que era impossível usá-lo como insecticida. Estava criado o tabu, o primeiro dos gases neuro-tóxicos (que agem sobre os nervos), até hoje a mais terrível espécie de arma química já inventada. Dois anos mais tarde, Schrader inventou o sarin; e já nos estertores da Segunda Guerra Mundial, em 1944, criou o soman, oito vezes mais letal que o primeiro e duas vezes mais que o segundo.
   Os gases dos nervos matam em minutos. Atuam inibindo uma enzima chamada acetilcolinesterase, necessária ao controle dos movimentos musculares. Essa enzima bloqueia os impulsos nervosos que ativam os músculos. Quando o gás neuro-tóxico é absorvido, por inalação e contato com a pele, a produção da enzima cessa imediatamente. Todos os músculos então se contraem sem parar e acabam estrangulando os pulmões e o coração. É mais ou menos assim, por asfixia, que morrem os insetos atacados com inseticidas.
   A praga continuou a cruzar novas fronteiras. Durante os sete anos da Guerra Civil no Iêmen do Norte, de 1962 a 1969, as tropas egípcias que participavam do conflito usaram armas químicas vindas da União Soviética. O maior escândalo, porém, aconteceu do lado americano. Na Guerra do Vietnã, os Estados Unidos jogaram, além do conhecido incendiário napalm, toneladas de gás lacrimogéneo, que irrita os olhos e as vias respiratórias, deixando as vítimas fora de combate por algum tempo. O gás lacrimogéneo é usado em muitos países para dispersar manifestações de rua.
   Pior que isso foi o emprego dos desfolhantes, conhecidos como agentes laranja, azul e branco. Os desfolhantes haviam sido inventados no fim da Segunda Guerra, no principal laboratório de pesquisa do Exército dos Estados Unidos, em Fort Detrick. Tais herbicidas servem para destruir ervas daninhas nas plantações. O agente laranja, o mais usado no Vietnã, mistura de dois herbicidas, tinha o objetivo de destruir plantações e florestas, principalmente matas fechadas à beira dos rios, de onde os guerrilheiros vietcongues fustigavam tropas americanas.

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   Não é preciso construir instalações especiais para fabricar armas químicas. Para a vida ou para a morte, a indústria química funciona do mesmo modo, com dois processos: conversões químicas e operações unitárias. Conversões são reações entre produtos químicos nos reatores, recipientes de aço inoxidável revestidos às vezes de materiais cerâmicos ou plásticos. Operações unitárias são as conversões físicas, como destilação, evaporação ou filtração. A grande diferença entre uma indústria química qualquer e uma produtora de gases venenosos está no cuidado de quem lida com o material. Naturalmente, quanto mais tóxicos os produtos, maior a necessidade de segurança. Já lançar armas químicas é uma operação semelhante a um ataque normal de artilharia – com a diferença de que as bombas não carregam apenas explosivos, mas também gases. Como os venenos químicos são perigosos também para quem os joga, os atacantes devem estar protegidos contra eles. Pensando nisso, os americanos desenvolveram as chamadas armas binárias. Estas têm dois compartimentos, cada um com uma substância por si só pouco tóxica. A mistura ocorre na hora da explosão, formando gás mortal.
   Mesmo que os combatentes estejam protegidos com máscaras e roupas emborrachadas, a luta prolongada no front envenenado pode ser cruel. As roupas, extremamente desconfortáveis, tendem a provocar desidratação. Estudos soviéticos mostraram que, depois de usar a roupa protetora por dezoito horas seguidas, um soldado fica totalmente fora de combate. Os soldados britânicos, de seu lado, levam presos ao uniforme pequenos papéis que mudam de cor na presença de gases tóxicos. Ao perceber que foi atacado com gás dos nervos, o soldado se aplica imediatamente uma injeção de atropina, um antídoto que traz consigo. A atropina, substância derivada de uma planta chamada beladona, faz no organismo o papel da acetilcolinesterase inibida pelo gás. Porém, se o alarme for falso, a atropina fará com que a pessoa sinta os mesmos efeitos que o gás lhe provocaria.

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   O serviço de inteligência americano, CIA, calcula que vinte países têm armas químicas e outros dez estão na fila para começar a produzi-las. Os arsenais conhecidos estão nos Estados Unidos (30 mil toneladas), na União Soviética (400 mil toneladas), na França e no Iraque. Os países que provavelmente têm mas não confessam são Egito, Síria, Líbia, Israel, Irã, Etiópia, Birmânia, Tailândia, Coréia do Norte, Coréia do Sul, Vietnã, Formosa, China, África do Sul e Cuba. Nas mãos das superpotências nucleares, pouca diferença fazem os estoques químicos.
   O equilíbrio pode romper-se, porém, com a propagação de armas semelhantes pelo mundo fora – o mesmo temor, por sinal, inspirou os esforços contra a proliferação nuclear. A indignação causada pelo ataque iraquiano a Halabja serviu ao menos para disparar uma nova investida pelo desarmamento químico. No começo do ano, em Paris, representantes de 149 países condenaram o uso de armas químicas como passo inicial para futuro acordo de completo banimento. Quem viver verá.

                                    
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                                                                                                     Bruna Fernandes nº5 



segunda-feira, 29 de maio de 2017

Socialização: a importância na nossa vida

   De certeza que a maioria das pessoas já ouviu falar em socialização. No entanto, muitas delas não sabe o que significa essa palavra. A socialização é o processo através do qual nós vamos interiorizando hábitos e características que nos tornam membros de uma sociedade.
   A socialização é um processo contínuo, que se inicia após o nascimento e se faz sentir ao longo de toda a nossa vida, terminado apenas quando morremos porque o nosso cérebro deixa de funcionar.
   Podem ser referidos dois tipos de socialização: a socialização primária e a secundária.
   Podemos definir socialização primária como sendo o processo pelo qual os seres humanos aprendem as coisas mais básicas da vida, tais como comer com talheres, andar, falar, vestir-se sozinhos, entre muitas outras. Estas “regras” são-nos ensinadas fundamentalmente pelos nossos pais e pela escola. Por exemplo, quando aprendemos a falar estamos a sofrer um processo de socialização primária e quem nos faz passar por esse processo são os nossos pais. É este conjunto de “regras” que faz com que estejamos integrados numa determinada sociedade. Como tal, este processo constitui um papel imprescindível na nossa vida.
   Relativamente à socialização secundária, esta também é um processo de aprendizagem mas, tal como o nome indica, é secundária. Isto significa que sofremos este processo quando nos deparamos com novas e diversas situações ao longo da vida e temos de nos adaptar a essas situações. Por exemplo, quando nos casamos temos de nos habituar a uma nova forma de vida, viver com uma pessoa, partilhar os mesmos problemas, etc. Nem sempre é fácil uma adaptação a novas situações porque quando nos acomodamos a uma certa situação temos dificuldade em aceitar que a vida muda e já não é da mesma forma.
   Ao longo de toda a nossa vida estamos constantemente a ser postos à prova e a passar por processos de socialização secundária. Cada nova situação que nos surge é uma nova adaptação que sofremos.
   Por este motivo, a socialização é o processo que permite a cada indivíduo desenvolver a sua personalidade permite a sua integração na sociedade. Se repararmos, dois indivíduos reagem de forma completamente diferente perante a mesma situação, porque cada indivíduo é único e a sua personalidade também.
   Como tal, resta apenas mencionar que é o facto de estarmos diariamente sujeitos a este processo que nos torna seres integrados numa sociedade e nos torna aquilo que cada um é.


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                                                                                                       Bruna Fernandes nº5

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Música

   A música é uma forma de arte que se constitui na combinação de vários sons e ritmos, seguindo uma pré-organização ao longo do tempo.
   É considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal função.
   A criação, a performance, o significado e até mesmo a definição de música variam de acordo com a cultura e o contexto social. A música vai desde composições fortemente organizadas (e a sua recriação na performance), música improvisada até formas aleatórias. Pode ser dividida em géneros e subgéneros, contudo as linhas divisórias e as relações entre géneros musicais são muitas vezes subtis, algumas vezes abertas à interpretação individual e ocasionalmente controversas. Dentro das "artes", a música pode ser classificada como uma arte de representação, uma arte sublime, uma arte de espectáculo.
   Para indivíduos de muitas culturas, a música está extremamente ligada à sua vida. A música expandiu-se ao longo dos anos, e actualmente se encontra em diversas utilidades não só como arte, mas também como a militar, educacional ou terapêutica (musico-terapia). Além disso, tem presença central em diversas atividades colectivas, como os rituais religiosos, festas e funerais.
   Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humana.

                                        



   Definir a música não é tarefa fácil porque apesar de ser intuitivamente conhecida por qualquer pessoa, é difícil encontrar um conceito que abarque todos os significados dessa prática. Mais do que qualquer outra manifestação humana, a música contém e manipula o som e o organiza no tempo. Talvez por essa razão ela esteja sempre fugindo a qualquer definição, pois ao buscá-la, a música já se modificou, já evoluiu. E esse jogo do tempo é simultaneamente físico e emocional. Como "arte do efémero", a música não pode ser completamente conhecida e por isso é tão difícil enquadrá-la em um conceito simples.
   A música também pode ser definida como uma forma de linguagem que se utiliza da voz, instrumentos musicais e outros artifícios, para expressar algo a alguém.

                          



   A música é difícil de encontrar uma palavra que a descreva, mas digo-lhe que ela é tudo aquilo que precisamos para todos os momentos, dado a sua diversidade.



                                                                                                 Bruna Fernandes nº5

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Violência Doméstica marca Ano 2016 para Portugal

   A violência doméstica abarca comportamentos utilizados num relacionamento, por uma das partes, sobretudo para controlar a outra. As pessoas envolvidas podem ser casada ou não, ser do mesmo sexo ou não, viver juntas, separadas ou namorar. Todos podemos ser vítimas de violência doméstica. As vítimas podem ser ricas ou pobres, de qualquer idade, sexo, religião, cultura, grupo étnico, orientação sexual, formação ou estado civil.

   O QUE É?

  O Crime de Violência Doméstica deve abranger todos os actos que sejam crime e que sejam praticados neste âmbito. Qualquer acção ou omissão de natureza criminal, entre pessoas que residam no mesmo espaço doméstico ou, não residindo, sejam ex-cônjuges, ex-companheiro/a, ex-namorado/a, progenitor de descendente comum, ascendente ou descendente, e que inflija sofrimentos:


  • Físicos
  • Sexuais
  • Psicológicos
  • Económicos

Partindo deste conceito podemos ainda distinguir a Violência Doméstica entre:

  1. Violência doméstica em sentido estrito (os actos criminais como: maus tratos físicos; maus tratos psíquicos; ameaça; coacção; injúrias; difamação e crimes sexuais)
  2. Violência doméstica em sentido lato que inclui outros crimes em contacto doméstico [violação de domicílio ou perturbação da vida privada; devassa da vida privada (imagens; conversas telefónicas; email's; revelar segredos e factos privados; etc. violação de correspondência ou de telecomunicações; violência sexual; subtracção de menor; violação da obrigação de alimentos; homicídio: tentado/consumado; dano; furto e roubo)].

   TIPOS DE VIOLÊNCIA


A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA ENGLOBA DIFERENTES TIPOS DE ABUSO, TAIS COMO:


  • Violência emocional: qualquer comportamento do(a) companheiro(a) que visa fazer o outro sentir medo ou inútil. Usualmente inclui comportamentos como: ameaçar os filhos; magoar os animais de estimação; humilhar o outro na presença de amigos, familiares ou em público, entre outros.
  • Violência social: qualquer comportamento que intenta controlar a vida social do(a) companheiro(a), através de, por exemplo, impedir que este(a) visite familiares ou amigos, cortar o telefone ou controlar as chamadas e as contas telefónicas, trancar o outro em casa.
  • Violência física: qualquer forma de violência física que um agressor(a) inflige ao companheiro(a). Pode traduzir-se em comportamentos como: esmurrar, pontapear, estrangular, queimar, induzir ou impedir que o(a) companheiro(a) obtenha medicação ou tratamentos.
  • Violência sexual: qualquer comportamento em que o(a) companheiro(a) força o outro a protagonizar actos sexuais que não deseja. Alguns exemplos: pressionar ou forçar o companheiro para ter relações sexuais quando este não quer; pressionar, forçar ou tentar que o(a) companheiro(a) mantenha relações sexuais desprotegidas; forçar o outro a ter relações com outras pessoas.
  • Violência financeira: qualquer comportamento que intente controlar o dinheiro do(a) companheiro(a) sem que este o deseje. Alguns destes comportamentos podem ser: controlar o ordenado do outro; recusar dar dinheiro ao outro ou forçá-lo a justificar qualquer gasto; ameaçar retirar o apoio financeiro como forma de controlo.
  • Perseguição: qualquer comportamento que visa intimidar ou atemorizar o outro. Por exemplo: seguir o(a) companheiro(a) para o seu local de trabalho ou quando este(a) sai sozinho(a); controlar constantemente os movimentos do outro, quer esteja ou não em casa.

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    O CICLO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


   A violência doméstica funciona como um sistema circular – o chamado Ciclo da Violência Doméstica – que apresenta, regra geral, três fases:

1. aumento de tensão: as tensões acumuladas no quotidiano, as injúrias e as ameaças tecidas pelo agressor, criam, na vítima, uma sensação de perigo eminente.

2. ataque violento: o agressor maltrata física e psicologicamente a vítima; estes maus-tratos tendem a escalar na sua frequência e intensidade.

3. lua-de-mel: o agressor envolve agora a vítima de carinho e atenções, desculpando-se pelas agressões e prometendo mudar (nunca mais voltará a exercer violência).

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  Este ciclo caracteriza-se pela sua continuidade no tempo, isto é, pela sua repetição sucessiva ao longo de meses ou anos, podendo ser cada vez menores as fases da tensão e de apaziguamento e cada vez mais intensa a fase do ataque violento. Usualmente este padrão de interacção termina onde antes começou. Em situações limite, o culminar destes episódios poderá ser o homicídio.

   AS MULHERES

   A violência contra as mulheres é um fenómeno complexo e multidimensional, que atravessa classes sociais, idades e regiões, e tem contado com reacções de não reacção e passividade por parte das mulheres, colocando-as na procura de soluções informais e/ou conformistas, tendo sido muita a relutância em levar este tipo de conflitos para o espaço público, onde durante muito tempo foram silenciados. A reacção de cada mulher à sua situação de vitimação é única. Estas reacções devem ser encaradas como mecanismos de sobrevivência psicológica que, cada uma, acciona de maneira diferente para suportar a vitimação. Muitas mulheres não consideram os maus-tratos a que são sujeitas, o sequestro, o dano, a injúria, a difamação ou a coacção sexual e a violação por parte dos cônjuges ou companheiros como crimes.
   As mulheres encontram-se, na maior parte dos casos, em situações de violência doméstica pelo domínio e controlo que os seus agressores exercem sobre elas através de variadíssimos mecanismos, tais como: isolamento relacional; o exercício de violência física e psicológica; a intimidação; o domínio económico, entre outros.
   A violência doméstica não pode ser vista como um destino que a mulher tem que aceitar passivamente. O destino sobre a sua própria vida pertence-lhe, deve ser ela a decidi-lo, sem ter que aceitar resignadamente a violência que não a realiza enquanto pessoa.



Segue-se um link de uma noticia em Portugal sobre a verdadeira realidade que passa o nosso pais relativamente a este tema:

http://www.delas.pt/violencia-domestica-aumenta-e-faz-mais-de-32-mil-vitimas-em-portugal/


2016 MARCADO PELO ANO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA



                                                                                                                    Bruna Fernandes nº5

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Relacionamento entre Homem e um Animal

   Desde a pré-história, a relação próxima entre homens e animais é relatada nas pinturas encontradas nas cavernas. Ao longo dos séculos, o processo conhecido como domesticação adaptava determinadas características nos animais que os tornavam cada vez mais úteis às necessidades humanas, gerando consequências tanto positivas quanto negativas para ambos.

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   A arte de domesticar animais começou a fazer parte da cultura da humanidade quando estes começaram a se fixar em determinadas regiões do planeta. Isto permitiu a criação de animais, principalmente para a alimentação, transporte de pessoas ou cargas e para executar trabalhos como a aragem de terrenos para agricultura.
   Com o tempo, os animais foram cada vez mais incorporados à sociedade humana, inclusive para práticas recreativas, desportivas ou apenas para a mais simples e pura amizade. Atualmente, os animais de estimação ou pets se tornaram uma companhia de tremenda importância para muitos homens e mulheres ao redor do mundo, sendo que os mais comuns nos lares das pessoas são cães e gatos, considerados até mesmo como “filhos” em muitas famílias.
   Contudo, essa interação cria uma dependência cada vez maior dos animais em relação aos humanos, que nem sempre se mostram indivíduos responsáveis o suficiente para oferecer o cuidado e carinho que um animal tanto necessita. Em muitos lugares, é frequente ver situações terríveis de animais abandonados nas ruas sem um lar para morar, a mercê de maus-tratos, falta de comida, doenças, entre outros.
   Dentre essas situações, as zoonoses (doenças transmitidas ao homem pelos animais) são outras consequências dessa convivência negligente, agravado por fatores como a falta de higiene e limpeza do animal ou do ambiente de convívio dele, assim como a falta de cuidados veterinários como vermífugo e vacinas, que potencializam a transmissão de doenças como leptospirose, brucelose, raiva, gastrenterites, entre outras.
   O relacionamento entre homem e animal está em andamento, resultando em mudanças diretas na vida de ambos. No entanto, a convivência harmónica entre eles é fundamental para o benefício da vida como um todo. Portanto, ser responsável é tratá-los dignamente e agir em sua defesa ao longo dessa história que ainda está sendo escrita, pois se os animais dependem dos homens hoje, é devido à necessidade maior ainda que os humanos têm de viver com e para esses seres capazes de amar, sofrer e sonhar.

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Por isso, lembrem-se, quando pensarem que é o vosso animal que está agir mal, quando pensarem que é só mais uma maneira de chamar atenção do dono, pensem quem necessitou primeiro deles, pensem quem foi à procura de um tipo de relação diferente que temos com os seres humanos. NAO VIRE AS COSTAS AO SEU ANIMAL! AJUDE PARA QUE ESTE SE SINTA AMADO!




                                                                                                      Bruna Fernandes nº5



quarta-feira, 5 de abril de 2017

ID-Ego-Superego


ID

O ID é biológico, ou seja, algo que está presente desde o nascimento.
É o principal componente da personalidade segundo Freud.
Amoral e irracional, regendo-se apenas pelo princípio do prazer. Existindo apenas 2 pulsões: Vida (Eros), e Morte (Thanatos).
Acima de tudo é instintivo pois procura a satisfação total e imediata das suas necessidades. Assim é muito importante para uma criança, pois assegura que as suas necessidades sejam logo atendidas.

Ego

O Ego tenta ser moral, lógico.
Rege-se pelo princípio da realidade, ou seja, apenas satisfaz as suas necessidades quando as circunstâncias o permitem.
Utiliza mecanismos de defesa (ex.: recalcamento) que permitem servir os conflitos do consciente com as exigências do ID.

Superego

É hipermoral, podendo ser tão exigente tornando a vida insuportável.
Diferencia-se do Ego em resultado da vivência do conflito central da infância – O complexo de Édipo.

Miguel Pereira

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Auto-conhecimento

Identidade

Preciso ser um outro 
para ser eu mesmo 

Sou grão de rocha 
Sou o vento que a desgasta 

Sou pólen sem insecto 

Sou areia sustentando 
o sexo das árvores 

Existo onde me desconheço 
aguardando pelo meu passado 
ansiando a esperança do futuro 

No mundo que combato morro 
no mundo por que luto nasço 

Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas" 

"Sorrow", Vincent Van Gogh (1882)

O propósito da existência é que cada um seja capaz de conhecer que o outro quer a si mesmo. Conhecer o outro é tarefa fácil, troca de palavras e questões lançadas são meios fáceis de obter tudo o que precisamos de saber sobre as outras pessoas. Mas estes não funcionam com a própria pessoa. Se estás aqui, não percas tempo, conhece-te! Se aqui estás, é porque és alguém, e todos têm algo dentro de si único, e o melhor modo de agradeceres a vida que te foi dada é conheceres o que te faz único. E não! Auto-conhecimento não é uma desculpa para as pessoas que não querem admitir que não se conseguem aproximar de ninguém ou porque acabaram de ser magoadas por outras. Talvez usar esta desculpa até mostre que essa pessoa é que se encontra em conflito interior...

domingo, 2 de abril de 2017

A personalidade

                                 O que é Personalidade?

As consequências do desenvolvimento tecnológico

 O desenvolvimento da ciência e da tecnologia tem acarretado diversas transformações na sociedade contemporânea, refletindo em mudanças nos níveis económico, político e social. É comum considerarmos a ciência e a tecnologia como motores de progresso que proporcionam não só o desenvolvimento do saber humano, mas também uma evolução para o homem. Vistas dessa forma, subentende-se que ambas trarão somente benefícios à humanidade. Porém, algumas das descobertas feitas pelo Homem e a sua utilização indevida pode ter um impacto imensurável na Humanidade, podendo provocar até a sua extinção! Temos o caso, por exemplo, da descoberta da radioativade, da qual todos nós temos conhecimento das consequências que podém advir desta, porém as vantagens são tantas que as consequências são ignoradas, já que existem imensas centrais nucleares por este mundo fora, e nas quais uma simples fuga de gás pode provocar danos irreparáveis.
 Assim, o desenvolvimento da ciência é um assunto delicado, da qual os indivíduos com grandes responsabildades a nível mundial devem ter bastante cuidado em utilizar de forma apropriada as tecnologias ás quais têm acesso e não deixarem se levar pela ganância de possuir cada vez mais poder através dessas mesmas tecnologias.
 Para finalizar, apresento uma frase de Leonid Brejnev, na qual este faz também referência ás graves consequências que o desenvolvimento tecnológico pode acarretar, na qual prevê a existência de uma arma ainda mais terrível do que as nucleares...

                                                            Resultado de imagem para consequencias do desenvolvimento tecnologico frases


 


                                                                                                                          Luís Monteiro Nº13
                 

                       

Inteligência e a educação do fufuro

“O principal objetivo da educação é criar homens que sejam capazes de fazer novas coisas e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram; homens que sejam criativos, inventores e descobridores. O segundo objetivo da educação é formar mentes que possam ser críticas, que possam analisar e não aceitar tudo que lhes é oferecido.”      
Piaget, 1973

"Uma capacidade mental bastante geral que, entre outras coisas, envolve a habilidade de raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar de forma abstrata, compreender ideias complexas, aprender rápido e aprender com a experiência. Não é uma mera aprendizagem literária, uma habilidade estritamente académica ou um talento para sair-se bem em provas.” 
Definição de inteligência segundo “Mainstream Science on Intelligence”, assinada por cinquenta e dois pesquisadores em inteligência, 1994:


O objetivo da educação, segundo Piaget, e a definição de inteligência acima apresentada em nada se identificam com uma escola de massas.
O papel da escola, que enfatiza os alunos rápidos e eficientes e o desempenho dos alunos em testes padronizados, não garante o sucesso destes na sociedade, especialmente numa sociedade em constantes modificações, em que o indivíduo precisa de resolver problemas e elaborar estratégias, não apenas relacionadas às habilidades linguísticas e lógico-matemáticas. “Não é uma mera aprendizagem literária, uma habilidade estritamente académica ou um talento para sair-se bem em provas” (Mainstream Science on Intelligence, 1994).
Pelo contrário, o professor que envolve o aluno no processo de aprendizagem, criando um relacionamento afetivo com ele, torna possível a construção do conhecimento. No entanto, muitas vezes, já no planeamento da aula, o professor, na maioria das vezes inconscientemente, utiliza estratégias que estão relacionadas às inteligências múltiplas mais desenvolvidas no decorrer da sua vida. Para que o professor forme cidadãos, pessoas preparadas para aprender a aprender, tem de compreender o verdadeiro significado de inteligência e como acontece o processo de aprendizagem pelo aluno, respeitando-o nas suas individualidades e considerando as suas capacidades. O processo educativo, quando significativo, é aquele que considera o educando em todas as suas particularidades, sendo este capaz de aplicar o conhecimento adquirido em situações práticas, para que “possam analisar e não aceitar tudo que lhes é oferecido”, para que "sejam capazes de fazer novas coisas e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram" (Piaget,1973). Este processo não é uma tarefa fácil, requer do profissional da educação um trabalho centrado no aluno, priorizando o seu desenvolvimento enquanto sujeito ativo do conhecimento.
No entanto, também não é possível aprender se não se estiver predisposto para isso. A responsabilidade está, cada vez mais, do lado dos alunos, que têm de querer aprender: o professor deve incentivar o aluno, mas este não pode ser passivo.
Num mundo cada vez mais complexo, a inteligência deve ser perspetivada num âmbito mais lato. Impõe-se uma nova realidade que requer o envolvimento de aspetos como; a criatividade, o talento para organizar, o entusiasmo, a destreza psicológica e as atitudes humanitárias. “A habilidade de raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar de forma abstrata, compreender ideias complexas, aprender rápido e aprender com a experiência ” (Mainstream Science on Intelligence, 1994) envolve qualidades emocionais e sociais. Alguém privado das suas emoções, dificilmente consegue tomar decisões racionais, assumindo mesmo que, sem emoções, não existirão raciocínios assertivos.
Assim, deixando de parte a memorização, o ensino deve concentrar-se mais na experiência e na criação de um espírito crítico que contribuirá, no futuro, para a criação de uma sociedade criativa, inventiva, fluída e com indivíduos dispostos a criar o que ainda não existe e a criticar o que necessita de ser criticado, ao invés de uma sociedade estagnada, sem espírito evolutivo, desinteressada e que aceita apenas o que lhes é apresentado.
Na minha opinião a sociedade necessita de um ensino baseado na experimentação, no espírito crítico e principalmente no raciocínio, para a criação de uma sociedade dinâmica e evolutiva, disposta a criar a partir de ideias abstratas, pois apenas deste modo o mundo em que vivemos avançará.


 Vítor Alexandre Silva, n.º 20


A Internet

  Vivemos numa época dominada pela tecnologia, sendo esta, agora, indispensável nas nossas vidas. A Internet é, sem dúvida, uma das maiores invenções dos últimos cem anos. Trata-se de algo que faz parte do nosso quotidiano e não conseguimos abdicar.

  A Internet veio revolucionar a forma como olhamos o mundo. Hoje é possivel comunicar à distância, acedendo à ''rede'', usando apenas um computador ou telemóvel. Também esta, facilitou o acesso à informação. Hoje em dia, não precisamos esperar pelos noticiários para estarmos informados. A Internet é vista, também, como uma forma de entretenimento e exposição. Páginas como Facebook, Instagram ou Youtube são talvez as mais visitadas e as preferidas dos internautas. Até o conhecimento parece rendido às novidades tecnológicas. Hoje, é possível aprender via online. São inúmeras as páginas associadas às diversas ciências e podemos até dizer que o ''saber'' se encontra à distância de um ''clique''.

 Porém, nem tudo são rosas, quando nos referimos a esta realidade. A Internet é também um ''lugar perígoso'', exigindo muito cuidado por parte de todos nós. São muitos os casos relatados, que incluem o recurso às novas tecnologias. Situações de burla, exposição e invasão de privacidade, ou até crimes associados a raptos são apenas algumas das ocorrências que devemos ter em conta quando navegamos na ''net''. Um dos maiores perigos está relacionado com as conversas online, que vitímam sobretudo os mais jovens, que se devem manter sempre alerta. Isto porque, nunca sabemos quem poderá estar do outro lado e quais as suas reais intenções. É, portanto, necessário estar atento de forma a evitar que casos como estes aconteçam.

 Como vimos a Internet é, de facto, uma das invenções mais úteis e extraordinárias que existe. No entanto, está repleta de perigos, os quais nos devemos manter sempre atentos, navegando de forma segura.

 Pedro Ribeiro, nº 18

sábado, 1 de abril de 2017

A importância do fair-play

  É verdade que o desporto é o grande entretenimento de milhões de pessoas em todo o mundo. As várias modalidades atraem muitos espectadores, apoiando as suas equipas ou apenas apreciando um bom espetáculo, sem tomar partidos. Porém, e cada vez mais, assistimos a situações violentas e absolutamente desnecessárias no que toca aos adeptos.

  Desportos como futebol, basquetebol, andebol, hóquei, futebol americano ou basebol são talvez os mais apreciados em todo o mundo. A vontade, ambição excessiva e o clubismo exagerado levam a que, por vezes, sucedam situações de exaltação entre claques ou adeptos ''rivais''. O desrespeito pelo adversário e os insultos são situações que podemos sempre presenciar numa ''ida ao estádio''. No entanto, nos últimos anos tem se verificado um aumento nos confrontos físicos entre adeptos. Parece que as pessoas se ''transformam'' perante um evento que deveria ser festivo e alegre. Dá até a sensação de que fazemos do recinto de jogo, um campo de batalha.

  É difícil entender certos comportamentos. O desporto deveria ser celebrado e não ''combatido''. Afinal de contas, e, enquanto adeptos aquilo que deveríamos pretender era assistir a bons espetáculos, respeitando sempre quem está ao nosso lado, seja qual for a cor da sua camisola.

 Assim é necessário evitar estes conflitos, promovendo atitudes de desportivismo e fair-play.

 Pedro Ribeiro, nº 18.

Uma fase complicada

  A adolescência é um período crítico na formação da personalidade de um individuo. É uma altura marcada por certas mudanças físicas e psicológicas, estruturando assim a futura fase adulta. Trata-se de uma fase com oscilações, podendo manifestar-se como ''incrível'' ou como ''confusa'' e ''turbulenta''. Certos traumas, vividos nesta altura, podem desencadear determinados problemas psicológicos, os quais passarei a citar.

  Problemas Alimentares:

  Constituídos por certos problemas como a Bulimia ou Anorexia, em que o adolescente demonstra medo em engordar, agindo, por vezes, de forma exagerada de modo a emagrecer. A Bulimia é caraterizada pelo ato de comer, seguido pela provocação do vómito, enquanto que a Anorexia consiste numa redução acentuada na ingestão de alimentos. A psicoterapia e o acompanhamento efetuado por um psicólogo e um nutricionista são exemplos de formas de tratamento destes casos.

  Transtornos associados ao stress:

  É certo que os jovens estão constantemente sujeitos a situações de pressão, suscetíveis de causar um stress extremo. Pode ser causado por dificuldades escolares, problemas familiares ou dificuldades de adaptação. É um problema bastante frequente entre jovens e pode ser ultrapassado com ajuda profissional, recorrendo a um psicólogo.

  Problemas comportamentais:

  Consiste numa rejeição das normas sociais, muitas vezes causados por problemas anteriores, nomeadamente em relação à família e ao meio no qual se encontram inseridos. Pode levar a situações de desrespeito verbal ou em casos mais graves, físico (agressividade). Podem ser solucionadas por meio da psicoterapia, podendo até incluir os familiares.

  Como vemos, estes são apenas alguns dos ''distúrbios'' que podem ocorrer na adolescência, sendo portanto de extrema importância a vigilância, de forma a evitar estas situações.

 Pedro Ribeiro, nº18

quinta-feira, 30 de março de 2017

Liberdade, existe mesmo?

   Liberdade de expressão é o direito de qualquer indivíduo manifestar, livremente, opiniões, ideias e pensamentos pessoais sem medo de retaliação ou censura por parte do governo ou de outros membros da sociedade. É um conceito fundamental nas democracias modernas nas quais a censura não tem rescaldo moral.
   A liberdade de expressão é um direito humano, protegido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, e pelas constituições de vários países democráticos.
   A maioria dos ideais políticos modernos como justiça, liberdade e o governo constitucional, surgiram na Grécia antiga. Foram os gregos os pioneiros a lançar as sementes da ideia democrática, que, conservadas pelos filósofos da idade média, frutificaram na modernidade.
   Com efeito, apenas integrantes de um demos (município), dirigido por um demarca participavam da política. Daí a expressão democracia, que significa governo de demos. Outro ponto a ser considerado que o grande número de escravos existentes em Atenas permitia que o tempo do cidadão fosse dedicado à política.
   Aristóteles costumava afirmar que todo e qualquer trabalho manual devia ser executado por escravos, de forma que os cidadãos pudessem dispor de seu tempo para as atividades políticas.
   Os escravos gregos realizavam serviços manuais e eram tratados de forma benigna, podendo alcançar sua libertação em face de bons serviços prestados aos seus proprietários. O próprio Estado podia ter escravos, os quais exerciam funções menos significativas.
   Convém esclarecer que a noção de Estado tida hoje não existia na Grécia Antiga, nem sequer existia a noção da diferença entre Estado e Sociedade, até porque a sociedade era o próprio Estado.
   Ainda, a democracia ateniense era a democracia direta. Os cidadãos reuniam-se em Assembleia, na Ágora (praça pública), para deliberar sobre os assuntos mais diversos. Na Ágora, todos podiam expressar seus pensamentos (liberdade de expressão). O direito à voz era de todos os cidadãos. Os cidadãos, aqueles que podiam participar da vida política da Polis restringiam-se a um pequeno grupo de pessoas, mais precisamente, aos homens livres. Mulheres, escravos, prisioneiros e estrangeiros não podiam participar da vida política.
   Por um outro lado, a existência da escravidão em Atenas era o que permitia ao homem livre ocupar-se somente da vida política. Isso implica dizer que a democracia grega existia graças à escravidão.
   O homem grego com uma forte consciência política, via no Estado sua razão de existir, por isso sentia necessidade de integrar-se na vida política.

E agora? Acham que a liberdade foi conseguida na sua totalidade, nos dias de hoje? Eu acho que não. Na minha opinião, tudo aquilo que mudou foi o facto de passar-se a exercer mais os nossos direitos que no fundo é aquilo que todos achamos e que querem que achemos, porque no final de contas, continuamos a viver na maior das prisões que se chama SOCIEDADE. Enquanto o preconceito existir, as diferencias permanecerem, a LIBERDADE TOTAL nunca haverá, e se querem que seja sincera, não vejo maneira de isso acontecer.


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    "Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras".



                                                                                                    Bruna Fernandes nº5

Assimilação e Acomodação



Jean Piaget, para explicar o desenvolvimento intelectual, partiu da ideia que os atos comportamentais são atos de adaptação ao meio físico e organizações do meio ambiente, sempre procurando manter um equilíbrio. Assim, Piaget entende que o desenvolvimento intelectual age do mesmo modo que o desenvolvimento comportamental.  

Do ponto de vista biológico, organização é inseparável da adaptação: Eles são dois processos complementares de um único mecanismo, sendo que o primeiro é o aspecto interno do ciclo do qual a adaptação constitui o aspecto externo.      -Piaget 

Ainda segundo Piaget, a adaptação é a essência do funcionamento intelectual, assim como a essência do funcionamento biológico. É uma das características básicas inerentes a todas as espécies. A outra característica é a organização, a habilidade de integrar as estruturas físicas e psicológicas. A adaptação acontece através da organização sob duas operações, a assimilação e a acomodação.

A assimilação é um processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra uma nova informação às estruturas cognitivas prévias. Ou seja, quando a criança tem novas experiências (vendo coisas novas, ou ouvindo coisas novas) ela tenta adaptar esses novos conceitos aos conceitos que já possuí.

... uma integração à estruturas prévias, que podem permanecer invariáveis ou são mais ou menos modificadas por esta própria integração, mas sem descontinuidade com o estado precedente, isto é, sem serem destruídas, mas simplesmente acomodando-se à nova situação. -Piaget

Isto significa que a criança tenta continuamente adaptar os novos estímulos aos esquemas que ela possui até aquele momento. Por exemplo, imaginemos que uma criança está a aprender a reconhecer animais, e até o momento, o único animal que ela conhece e tem organizado esquematicamente é o cão. Assim, podemos dizer que a criança possuí, em sua estrutura cognitiva, o esquema de cão.

Então, quando apresentada, um outro animal que possua alguma semelhança, como um cavalo, ela vai achar se trata de um cão. (castanho, quadrúpede, um rabo, pescoço, nariz molhado, etc.).


Ocorre, neste caso, um processo de assimilação, ou seja a similaridade entre o cavalo e o cachorro (apesar da diferença de tamanho) faz com que um cavalo passe por um cão em função das proximidades dos estímulos e da pouca quantidade de esquemas acumulados pela criança até o momento. A diferença do cavalo para o cachorro deverá ocorrer por um processo chamado de acomodação.

Quando corrigida, definindo que se trata de um cavalo, e não mais de um cão, a criança acomodará aquele estímulo a um novo esquema cognitivo. Esta criança tem agora, um esquema para o conceito de cão e outro para o conceito de cavalo.

Chamaremos acomodação (por analogia com os "acomodatos" biológicos) toda modificação dos esquemas de assimilação sob a influência de situações exteriores (meio) ao quais se aplicam. -Piaget

Assim, a acomodação acontece quando a criança não consegue assimilar um novo estímulo, ou seja, não existe uma estrutura cognitiva que assimile a nova informação em função das particularidades desse novo estímulo. Diante deste impasse, restam apenas duas saídas: criar um novo esquema ou modificar um esquema existente.

Piaget, quando expõe as ideias da assimilação e da acomodação, no entanto, deixa claro que da mesma forma como não há assimilação sem acomodações, também não existem acomodações sem assimilação. Isto significa que o meio não provoca simplesmente o registo de impressões ou a formação de cópias, mas desencadeia ajustamentos.

Partindo da ideia de que não existe acomodação sem assimilação, podemos dizer que esses esquemas cognitivos não admitem o começo absoluto, pois derivam sempre, de esquemas anteriores. E é dessa maneira que os esquemas se desenvolvem por crescentes equilibrações e autorregulações. Pode-se dizer que a adaptação é um equilíbrio constante entre a assimilação e a acomodação.

Assim, de acordo com a teoria construtivista constroem-se pouco a pouco, e dão lugar a diferenciações, por acomodação às situações modificadas, ou por combinações variadas.

Bruno Oliveira
Nº 7
12º C

quarta-feira, 29 de março de 2017

O reducionismo de Watson

Watson diz-nos: “O que nós somos é o que fazemos, e o que fazemos é o que o ambiente nos faz fazer”. Em suma, Watson refere-se ao ser humano como o resultado de um meio, de uma educação específica. Watson chega mesmo afirmar ser possível, através do meio em que é inserida, vocacionar uma criança, educa-la, de forma a agir e a ser como ele pretende.
Segundo este conceito seria esperado que perante as mesmas condições de educação e amadurecimento emocional, pessoas diferentes agissem de forma igual em situações iguais.
Olhemos então para a história de dois irmãos cujo pai era um alcoólico da pior espécie. Um dos irmãos cresceu para se tornar um exímio carpinteiro que nunca bebeu. O outro acabou por se tornar um bêbado pior que o pai. Quando questionado sobre o porquê de nunca ter bebido o primeiro irmão responderá que nunca sequer tentou experimentar uma gota de álcool porque viu o que este fez com o seu pai. O segundo irmão, pelo contrário, diz ter aprendido a beber nos joelhos do pai.
Portanto, ao invés de nos limitarmos a este conceito de Watson de que somos quem somos devido, exclusivamente, ao meio envolvente devemos ter em mente que aquilo que somos é produto de inúmeras razões as quais nem sempre podem ser explicadas ou compreendidas.

Daniela Pacheco nº11

O Poder das Palavras

As palavras têm apenas natureza destruidora? Ou também criadora? Na verdade, as palavras têm essas duas características, a capacidade de destruir mas também de criar. É uma pena que sejam necessárias mais palavras para criar do que para destruir e que sejam as palavras destruidoras que nos traumatizam e nos marcam mais.

Basta uma simples palavra, uma simples afirmação que nos atinja num ponto fraco, ou até mesmo quando são usadas para nos manipular. Essas são as piores palavras, as mais destruidoras que podem terminar com vínculos de anos ou até mesmo com a confiança de alguém. No entanto, não são só as palavras mas também a forma como são ditas.


Mas nem sempre têm um caráter agressivo, por vezes, as palavras da destruição também transmitem sentimentos de tristeza, dor e rejeição como quando nos pedem conselhos, ou quando encaramos mais difíceis na vida. São também palavras que nos dão pena, quando as vemos nas outras pessoas, e nos dá vontade de ajudar, por vezes.

Mas nem tudo é mau, as palavras também conseguem ser muito fortes para transmitir certos sentimentos como é o caso do amor, prazer, encanto, … Todos os sentimentos que são fortemente vividos pelo homem também são fortemente explicados por palavras, mesmo que seja complicado.

“Como flores charmosas, com cores, mas sem odor, são as doces palavras para aquele que não concorda com elas”
-Buda-

As palavras conseguem reparar e até mesmo criar laços entre duas pessoas. Só temos de saber quais dizer e como dizer, pois as palavras também pode ser vazias quando não sabemos o que estamos a falar.

“As palavras são como moedas, ainda que uma valha por muitas, por vezes muitas não valem nada.”
-Francisco de Quevedo-

A palavra é usada até para curar doenças como é o caso da psicanálise de Freud, o uso da palavra é fundamental na cura de neuroses, segundo a sua teoria. Desde das confissões do paciente, até à relação entre paciente e terapeuta, e passando pela associação de ideias, a palavra é o único meio de ambos se conseguires expressar para que tudo corra bem e a doença seja superada.

É uma pena que as palavras sejam usadas tantas vezes para insultar, mentir, derrubar, destruir ao invés de serem usadas para aquilo que foram feitas: comunicar. Explicar o que sentimentos, agradecer, amar, inspirar, abraçar, criar...


Podemos então perceber que as palavras são muito poderosas por isso temos de ter cuidado em como as dizemos e quais escolhemos para nos explicarmos pois podemos ser mal interpretados e acabar por julgar ou ser julgados demasiado rápido algo que desconhecemos.

Bruno Oliveira
Nº 7
12º C

segunda-feira, 27 de março de 2017

Violência no namoro

       A violência no namoro é um flagelo que cada vez mais assombra os jovens. É definida como um ato de violência, pontual ou contínua, cometido por um dos parceiros (ou por ambos) numa relação de namoro, tendo como objetivo controlar, dominar e ter mais poder do que a outra pessoa que se encontra envolvida na relação.

       Existem várias formas de violência no namoro:

  • Violência Física- quando estão em causa agressões ou arremessos de objetos;
  • Violência Sexual- quando algum dos parceiros obriga o outro a praticar atos sexuais;
  • Violência Verbal- implica humilhações, acompanhadas de críticas e comentários negativos;
  • Violência Psicológica- está relacionada com o controlo constante e excessivo exercido por um dos elementos do casal no seu parceiro;
  • Violência Social- envolve humilhações em público ou proibição para conviver com amigos ou família.

     As vítimas de violência no namoro sentem-se sozinhas, assustadas, envergonhadas, culpadas, desconfiadas, inseguras, confusas, tristes, ansiosas ou deprimidas. É importante que elas tenham noção que não são culpadas do que lhes está a acontecer e que a violência jamais é uma forma de expressar amor ou paixão por outra pessoa.

      É também  vital que elas contem a um adulto da sua confiança aquilo pelo qual estão a passar, visto que ele poderá apoiá-la e protegê-la caso saiba o que esteja a acontecer.

       Em Portugal, existe a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), que é uma instituição particular de solidariedade social que presta informação, proteção e apoio emocional, psicológico, jurídico e social a todas as vítimas de crimes, aos seus familiares e amigos.

     O apoio dado por esta associação é gratuito e confidencial, servindo muitas como um ombro amigo, com quem as vítimas podem desabafar acerca do sacrilégio em que vivem.

   É importante sensibilizar os jovens para esta realidade de forma a prevenir e intervir atempadamente em situações onde se verifiquem indicíos de violência no namoro, porque amor não é obsessão e violência não é amor!



Cláudia Monteiro Nº10

sábado, 25 de março de 2017

Um sério problema

 
  A poluição não é, sem dúvida, um problema recente e merece uma especial atenção. O comportamento do Ser Humano tem contribuído, em larga escala, para o aumento dos ríscos ambientais no planeta. A qualidade do ar tem sido bastante afetada, bem como a qualidade das águas e solos.

  O planeta, tal como o conheceríamos, caminha a passos largos, para um desastre ambiental. O aumento das emissões de CO2, provocadas pelas atívidades humanas é um dos principais responsáveis por essa realidade. Segundo o site ''ScienceMag.org'', cidades como Lagos (Nigéria), Nova Deli (Índia), Pequim (China) ou Los Angeles (EUA) são alguns dos locais mais afetados pelas mudanças na qualidade do ar. Mas também as ''águas'' tem sido alvo de alterações. Hoje, é possível presenciar, a quantidade inacreditável de resíduos que ''bóiam'' sobre os nossos oceanos. É uma triste realidade, que cada vez se torna mais frequente.

  Não podemos esquecer, também, as consequências que este problema carrega. Por exemplo, os riscos para a saúde, contribuindo para uma maior propagação de doenças por todo o globo, provocando epidemias que resultariam na morte de milhões de pessoas. A poluição afeta, de igual modo os ecossistemas, levando à perda significativa de fauna e flora.

  É necessário tomar certas medidas, visando o melhoramento da ''Terra''. É necessário alterar determinados comportamentos que possam provocar um aumento desta catástrofe. Devemos lembrar-nos que as nossas ''ações ambientais'' no presente, influenciarão as gerações futuras. Assim, devemos trabalhar em conjunto para tornar a ''nossa casa'' num lugar melhor.

Pedro Ribeiro, nº 18

sexta-feira, 24 de março de 2017

Até Quando?



  Até quando teremos que assistir a todas estas atrocidades que se tornam constantes?

Penso que é chegada a altura de fazer uma pequena reflexão, acerca do real estado do mundo em que vivemos. Diariamente somos ''inundados'', através dos vários meios de comunicação, com notícias de conflitos. O mundo seguro que esperaríamos que existisse, não é nada mais senão uma miragem e, parece tornar-se algo inatingível a cada dia que passa. Pessoas inocentes morrem todos os dias, outros tantos ficam feridos. Vidas são destruídas, famílias são divididas e esperança... essa parece desaparecer.

Ameaças provêm de diversas ''frentes''. Sejam conflitos armados, sejam conflitos políticos. Por um lado a guerra, que vitima milhões de pessoas em todo o mundo, por outro lado a nossa liberdade e a democracia de certos estados parece ''estar por um fio''. A paz mundial está, a meu ver, mais ameaçada no presente, que em qualquer outro momento da História da Humanidade.


  Esta foi apenas uma pequena reflexão que visa alertar para a situação vivida no nosso planeta. Este tipo de situações devem ser tidas em conta, em todo o lado, de forma a tornar o mundo em que vivemos um pouco mais ''habitável''.
 





Pedro Ribeiro, nº 18

O processo de equilibração: a marcha do organismo em busca do pensamento lógico

   Pode-se dizer que o "sujeito epistêmico" protagoniza o papel central do modelo piagetiano, pois a grande preocupação da teoria é desvendar os mecanismos processuais do pensamento do homem, desde o início da sua vida até a idade adulta. Nesse sentido,  a compreensão dos mecanismos de constituição do conhecimento, na concepção de Piaget, equivale à compreensão dos mecanismos envolvidos na formação do pensamento lógico, matemático. Como lembra La Taille, "(...) a lógica representa para Piaget a forma final do equilíbrio das ações. Ela é 'um sistema de operações, isto é, de ações que se tornaram reversíveis e passíveis de serem compostas entre si'".
   No método psicogenético, o 'status' da lógica matemática perfaz o enigma básico a ser desvendado. O maior problema, nesse sentido, concentra-se na busca de respostas pertinentes para uma questão fulcral: "Como os homens constroem o conhecimento?". Imbricam-se nessa questão, naturalmente, outras indagações afins, quer sejam: como é que a lógica passa do nível elementar para o nível superior? Como se dá o processo de elaboração das ideias? Como a elaboração do conhecimento influencia a adaptação à realidade? Etc.
   Procurando soluções para esse problema central, Piaget sustenta que a génese do conhecimento está no próprio sujeito, ou seja, o pensamento lógico não é inato ou tão pouco externo ao organismo mas é fundamentalmente construído na interação homem-objeto. Quer dizer, o desenvolvimento da filogenia humana se dá através de um mecanismo auto-regulatório que tem como base um 'kit' de condições biológicas (inatas portanto), que é ativado pela ação e interação do organismo  com o meio ambiente - físico e social. Tanto a experiência sensorial quanto o raciocínio são fundadores do processo de constituição da inteligência, ou do pensamento lógico do homem.
   Está implícito nessa ótica de Piaget  que o homem é possuidor de uma estrutura biológica que o possibilita desenvolver o mental, no entanto,  esse facto pode não se assegura com o desencadeamento de fatores que propiciarão o seu desenvolvimento, este só acontecerá a partir da interação do sujeito com o objeto a conhecer. Por sua vez, a relação com o objeto, embora essencial, da mesma forma também não é uma condição suficiente ao desenvolvimento cognitivo humano, uma vez que para tanto é preciso, ainda, o exercício do raciocínio. Por assim dizer, a elaboração do pensamento lógico demanda um processo interno de reflexão. Tais aspectos deixam à mostra que, ao tentar descrever a origem da constituição do pensamento lógico, Piaget focaliza o processo interno dessa construção.
   Simplificando ao máximo, o desenvolvimento humano, no modelo piagetiano, é explicado segundo o pressuposto de que existe uma conjuntura de relações interdependentes entre o sujeito conhecedor e o objeto a conhecer. Esses fatores que são complementares envolvem mecanismos bastante complexos e intrincados que englobam o entrelaçamento de fatores que são complementares, tais como: o processo de maturação do organismo, a experiência com objetos, a vivência social e, sobretudo, a equilibração do organismo ao meio.
   O conceito de equilibração torna-se especialmente marcante na teoria de Piaget pois ele representa o fundamento que explica todo o processo do desenvolvimento humano. Trata-se de um fenómeno que tem, em sua essência, um carácter universal, já que é de igual ocorrência para todos os indivíduos da espécie humana mas que pode sofrer variações em função de conteúdos culturais do meio em que o indivíduo está inserido. Nessa linha de raciocínio, o trabalho de Piaget leva em conta a atuação de  2 elementos básicos ao desenvolvimento humano: os fatores invariantes e os fatores variantes.

(a) Os fatores invariantes:  Piaget postula que, ao nascer, o indivíduo recebe como herança uma série de estruturas biológicas - sensoriais e neurológicas - que permanecem constantes ao longo da sua vida. São essas estruturas biológicas que irão predispor o surgimento de certas estruturas mentais. Em vista disso, na linha piagetiana, considera-se que o indivíduo carrega consigo duas marcas inatas que são a tendência natural à organização e à adaptação, significa entender que, em última instância,  o 'motor' do comportamento do homem é inerente ao ser.

(b) Os fatores variantes: são representados pelo conceito de esquema que constitui a unidade básica de pensamento e ação estrutural do modelo piagetiano, sendo um elemento que se transforma no processo de interação com o meio, visando à adaptação do indivíduo ao real que o circunda. Com isso, a teoria psicogenética deixa à mostra que a inteligência não é herdada, mas sim que ela é construída no processo interativo entre o homem e o meio ambiente (físico e social) em que ele estiver inserido.

Em síntese, pode-se dizer que, para Piaget, o equilíbrio é o norte que o organismo almeja mas que paradoxalmente nunca alcança, seja vista que no processo de interação podem ocorrer desajustes do meio ambiente que rompem com o estado de equilíbrio do organismo, aliciando esforços para que a adaptação se restabeleça. Essa busca do organismo por novas formas de adaptação envolvem dois mecanismos que apesar de distintos são indissociáveis e que se complementam: a assimilação e a acomodação.

(a) A assimilação consiste na tentativa do indivíduo em solucionar uma determinada situação a partir da estrutura cognitiva que ele possui naquele momento específico da sua existência. Representa um processo contínuo na medida em que o indivíduo está em constante atividade de interpretação da realidade que o rodeia e, consequentemente, tendo que se adaptar a ela. Como o processo de assimilação representa sempre uma tentativa de integração de aspectos experimentais aos esquemas previamente estruturados, ao entrar em contacto com o objeto do conhecimento o indivíduo busca retirar dele as informações que lhe interessam deixando outras que não lhe são tão importantes, visando sempre a restabelecer a equilibração do organismo.

(b) A acomodação, por sua vez,  consiste na capacidade de modificação da estrutura mental antiga para dar conta de dominar um novo objeto do conhecimento. Quer dizer, a acomodação representa "o momento da ação do objeto sobre o sujeito" emergindo, portanto, como o elemento complementar das interações sujeito-objeto.  Em síntese, toda experiência é assimilada a uma estrutura de ideias já existentes (esquemas) podendo provocar uma transformação nesses esquemas, ou seja, gerando um processo de acomodação.

   Os processos de assimilação e acomodação são complementares e acham-se presentes durante toda a vida do indivíduo e permitem um estado de adaptação intelectual. É muito difícil, se não impossível, imaginar uma situação em que possa ocorrer assimilação sem acomodação, pois dificilmente um objeto é igual a outro já conhecido, ou uma situação é exatamente igual a outra.


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                                                                                                 Bruna Fernandes nº5