segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Teorias Sexuais segundo Freud

Sigmund Freud ficou famoso porque criou um novo sistema de psicologia ao qual deu o nome de psicanálise.

O princípio da psicanálise
No inicio do desenvolvimento da psicanálise Freud decidiu que todos os sintomas neuróticos eram provocados por experiências de ordem sexual. Inicialmente afirmava que a chave de todas as neuroses era de facto a recordação reprimida de um acto de sedução efectuado durante a infância por um adulto. Desenvolveu a nova técnica terapêutica chamada de técnica de associação livre, em que Freud empregava a análise dos sonhos.

A interpretação dos sonhos
Freud via os sonhos como a realização dos desejos; disse que cada sonho possui um conteúdo manifesto (parte do sonho que é lembrado conscientemente) e um conteúdo latente (parte do sonho que não é lembrado conscientemente antes da análise); acreditava que muito do conteúdo do sonho se encontra disfarçado por meio de símbolos e mantinha que a maior parte dos sonhos remontavam a experiências da infância.

Explorando o subconsciente
Freud dividiu a mente em 3 níveis - o consciente, o pré consciente e o subconsciente. Sugeriu a existência de dois processos opostos que controlam o comportamento humano - o principio do prazer e o da realidade - sendo os conflitos psíquicos o resultado do conflito existente entre estes dois processos.

As teorias sexuais
Esta é a parte interessante (no mínimo)! Freud define vários tipos de desvios sexuais que se encontram divididos em dois grupos: desvios em relação ao objecto sexual (pessoa ou coisa de onde surge a atracção sexual) e desvios em relação ao objectivo sexual (acto sexual para o qual a pessoa é atraída). Esta divisão não é clara e até o próprio Freud se atrapalhava um pouco com ela.
Inversão - palavra que Freud emprega para a homossexualidade. Dentro desta categoria há vários tipos: a) algumas pessoas sentem-se exclusivamente atraídas por pessoas do mesmo sexo b) algumas pessoas sentem-se atraídas por ambos os sexos c) algumas pessoas viram-se para o seu sexo quando surge necessidade, como é o caso dos presos e dos marinheiros ("quem não tem cão caça com gato"). Freud não foi capaz de identificar um único objectivo sexual entre os 'invertidos'. Nem tão pouco foi possível encontrar uma explicação satisfatória para o origem da inversão.
Sexo oral e sexo anal - considerados perversões.
Fetichismo - tem lugar quando o objecto sexual normal é substituído por um objecto que tem alguma relação com ele. Obviamente Freud teria de dizer que o fetichismo ocorre normalmente como uma experiência sexual ocorrida durante a infância.
Sado-maso - significa o desejo de provocar dor no objecto sexual e o desejo de sofrer dor vindo do objecto sexual, respectivamente. Freud associa a agressão e a tendência de dominar o parceiro ao sadismo e que provavelmente o masoquismo tinha origem no sentimento de culpa ou de medo - uma extensão do sadismo mas virado contra o próprio.

Regresso à infância
A fase oral - (até 1 ano) Freud considera que o chuchar do dedo de uma criança é um acto ritmado e inclui movimentos de esfregar, que posteriormente conduzirão à masturbação! Indivíduos que mascam pastilha elástica, chucham no lápis e nas canetas, roem as unhas, fumam, comem ou bebem em excesso e sentem necessidade constante de se sentirem amados não ultrapassaram esta primeira fase.
A fase anal - (1 a 3 anos) não vou entrar em pormenores neste tópico mas digamos que Freud relaciona a personalidade da pessoa (a nível da higiene, organização, da sociabilidade...) com a sua expulsão e retenção anal!!
A fase fálica - (3 aos 5 anos) os genitais passaram a ser a zona erógena e a criança começa a masturbar-se. Freud afirmou que nesta altura todas as crianças pensam que podem dar à mães um bebé, ou que o conseguem produzir dando há luz por via anal.
Complexo de Édipo - Freud afirmava que todos os miúdos de 4 a 5 anos estão apaixonados pela mãe, o menino exprime o seu desejo de varias maneiras, quer anunciando que se vai casar com ela, quer insistindo que se quer meter na cama com ela, surgem então ciumes e a tendência de afastar o pai, mas como o pai é muito grande, a criança receia que este o castre, por isso acaba por abandonar a ideia da mãe como objecto social. Quanto às meninas, estas inicialmente sentem alguma luxúria pela mãe, mas depois de horrorizadas por não terem pénis viram-se para o pai, culpando a mãe do facto; a miúda quer engravidar com o pai para compensar a perda do pénis!

Em busca de uma identidade adulta
O modelo dinâmico da mente engloba 3 partes: O id - parte primitiva do subconsciente com a qual nascemos, zona obscura e inacessível que fervilha com impulsos instintivos e a sua unca realidade são as suas vontades egoístas (os desejos do id são expressos nos sonhos); O ego - diz-nos o que é real, sintetizador, criador de sentido, prático e racional e está envolvido na tomada de decisões; O super ego - dá-nos o sentido do certo ou do errado, do orgulho e de culpa.
Ansiedade - funciona como sinal de alarme quando algo não está bem e pode ser realística, neurótica ou moral, consoante surja vinda do ego, id ou superego, respectivamente.
Mecanismos de defesa - surgem para proteger o ego de uma ansiedade demasiado grande e pode traduzir como: repressão, negação, substituição (descarregar raiva em cima de outrem), projecção (negação + substituição), fantasia (entrega ao prazer de fantasias, pode ser prejudicial quando se deixa de separar realidade de fantasia - por exemplo manter paixão por um ex namorado), racionalização (pseudo-desculpar-se), regressão (reverter para um comportamento antigo - deitar-se na posição fetal), formação reactiva (ocultar um impulso demonstrando um comportamento exactamente oposto - exemplo: criticar o divino ex-namorado)
Luto e Melancolia - pessoa culpa-se pelo que aconteceu e torna-se auto-destrutiva, absorvendo as características da pessoa que perdeu (introjecção)
Instinto - surge de dentro e não pode ser evitado nem fugir dele, oposto a estímulo, que vem das coisas.
Eros e Tanatos - comportamento relacionado com a auto-preservação e o prazer e o comportamento destrutivo tanto para com o próprio como para os outros, respectivamente.






                                                                          Bruna Fernandes nº5


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Impulsos e Repressões

Vida e Morte são forças inconscientes que habitam o ser humano, presentes tanto nos conflitos mais banais como nos mais mórbidos e extremos. Tais pares de opostos estão misturados de tal forma a se revelarem em tudo que o ser humano faz, pensa e sente. Verifica-se, por exemplo, que na sexualidade há um certo grau de agressividade (em proporções variadas), onde há amor existe ódio, entre outros. Estas polaridades podem ser consideradas o “coração” dos conflitos psíquicos dentro de cada um, e podem ser divididas em conceitos de pulsões de vida – Eros; e pulsões de morte – Thanatos. Na psicanálise o conceito de pulsão define algo que procura destruir a oposição entre a mente e o corpo, é algo que impulsiona o organismo a agir de determinada forma. As pulsões de vida são o que definem a autoconservação do indivíduo, satisfação de necessidades básicas; e a busca de prazer, satisfação sexual. As pulsões de morte resumem-se a impulsos agressivos, de apatia, e, no geral, de autodestruição. As pulsões de vida são, por natureza, significativamente mais fortes que as pulsões de morte. Quando se verifica o contrário, trata-se de algum tipo de distúrbio mental a nível depressivo. Pode dizer-se que o Homem se rege pelo prazer, e pela dor.


Egon Schiele - Lovers (1909)
O conflito entre Eros e Thanatos é uma luta constante pela liberdade e felicidade humanas. Uma vez que, para assegurar a civilização, o princípio do prazer é ofuscado pelo princípio da realidade. Desta forma, cada ser humano desenvolve a sua repressão individual, começando pela infância. O indivíduo realiza uma constante repressão de Eros como resultado da dinâmica da trilogia Id, Ego e Superego; e do controlo dos princípios do prazer e da realidade. 

O Id é totalmente regido pelo princípio do prazer. É o que define o indivíduo como organismo, biologicamente. Localizado na zona inconsciente da mente, não conhece a realidade consciente e ética, derivando apenas de estímulos instintivos, o que lhe atribui características amorais. 


Peter Paul Rubens - Saturn Devouring His Son (1636)
O Ego é a parte consciente da mente, responsável por funções como a percepção, memória, sentimentos e pensamentos. É orientado pelo princípio da realidade, sendo influenciado pela interacção entre o sujeito e o ambiente que o rodeia. Assim, tem em consideração as normas éticas que existem.


Edward Hopper - A Woman in the Sun (1961)
O Superego é a componente inibidora da mente, que atua de forma contrária ao Id, é responsável pela repressão dos instintos primitivos. Segue o princípio do dever, e faz o julgamento das intenções do indivíduo, agindo sempre de acordo com as regras para viver em sociedade. É, então, a componente moral e social da personalidade de cada um. 


Bernard Hall - Despair [The Suicide] (1916)
Assim, os instintos de vida são reunidos num Ego organizado que, de certa forma, força o indivíduo a lidar com a realidade de acordo com aquilo que lhe é “útil”. O Superego, por sua vez, encaminha os impulsos do Id, mantendo o Ego equilibrado, e orientando o indivíduo a remover as barreiras que impedem o prazer, embora sempre de forma racional. Desta forma, pode dizer-se que o Ego, ou melhor, o “Eu” é “um escravo que deve obedecer a dois amos/senhores” (-Freud). O ser humano tem, no entanto, tendência a “ouvir” mais o Superego, a consciência moral. Temos maior tendência para obedecer. 


Beatriz Ferreira, nº4

Teoria da Vinculação e os animais


Para começar, a vinculação é como um laço que conecta duas pessoas, ou uma pessoa e um objeto, ou até mesmo animais. No entanto, este laço emocional pode não ser recíproco.

Muitas vezes a vinculação é retratada como certos comportamentos que as crianças têm como quando procuram conforto com as mães, especialmente, quando estão mais tristes ou são ameaçadas ou têm alguma necessidade que não conseguem satisfazer sozinhas. Já nos adultos, este laço é demonstrado quando mostram sensibilidade e vontade em satisfazer as necessidades que as crianças têm e pedem ajuda para as satisfazer.

Sendo assim, a teoria da vinculação dá-nos uma explicação para a relação pais-filhos e como isso pode afetar o desenvolvimento das crianças.

Esta teoria foi criada por John Bowlby, trabalhou como psiquiatra no Child Guidance Clinic, em Londres onde tratou de várias crianças com distúrbios emocionais.

A experiência no trabalho levou-o a concluir que é muito importante, para uma criança, a relação que esta tem com a mãe, quer seja a nível social, emocional ou  cognitivo. Principalmente quando as crianças são separadas das mães, esta separação pode levar a elevados níveis de stress e ansiedade, e nem mesmo com outras pessoas a alimentá-la e a cuidar dela esse níveis voltam ao normal, como se pensava na altura, pois dizia-se que uma criança ganha afeto pela sua mãe apenas porque esta o alimenta, como tinham proposto Dollard e Miller.

Mas, esses problemas também podem ser observados em animais, este tipo de sintomas também existem entre os animais bebés, também estes ficam stressados e sofrem com a separação de suas mães?


  • Harry Harlow e os macacos rhesus

Um psicólogo norte americano, Harlow, fez experiências com macacos rhesus para estudar os mecanismos por trás da ligação entre os recém nascidos e as suas mães.

Ao início pensava-se que essa vinculação se dava devido à necessidade que o recém-nascido tinha para se alimentar e que o lado criado se dava devido ao facto de a mãe o alimentar, mas a experiência de Harlow veio provar o contrário quando se verificou que na verdade era o contacto físico que ajuda na formação desse vínculo, contacto físico esse que oferecia conforto emocional para os macacos bebés.

Para provar isso, Harlow fez algumas experiências com os macacos rhesus.

Numa primeira os macacos recém nascidos foram criados isoladamente, sem contacto com nenhum da mesma espécie, em isolamentos agarravam-se a si próprios e balançavam-se compulsivamente, e após algum tempo de isolamento foram colocados de novo com macacos da mesma espécie. No início mostravam-se tímidos em relação aos outros e depois mais agressivos com eles, eram incapazes de comunicar e socializar, mutilavam-se a si próprios, os outros rejeitavam-nos, etc. Estes sintomas eram mais fortes dependendo de quanto tempo durou o isolamento. Concluiu então que os resultados de isolamento dos macacos recém nascidos provocavam danos mentais permanentes .

Noutra experiência oito macacos rhesus foram separados das mães à nascença e colocados com dois macaco robotizado, um feito de arame mas com muito leite e envolto numa toalha de pano mas sem leite. Os macacos passavam mais tempo com o robô envolto na toalha de pano mesmo tendo menos leite, apenas se chegavam ao macaco de arame quando tinham muita fome e logo depois voltavam para o macaco envolto na toalha, já que estava eram melhor para diminuir o medo dos macacos pequenos.

No entanto, esta experiência também teve algumas consequências quando foram colocados em contacto com os da mesma espécie, era mais tímidos, não sabiam socializar, eram facilmente maltratados e não faziam nada contra, tinham dificuldades para acasalar e as mães não eram boas progenitoras.

Esta experiência ajudou a provar a teoria de Harlow que também se podia aplicar a teoria da vinculação aos animais pois, nos macacos rhesus, estes também preferiam a mãe mais confortável mesmo que esta não os pudesse alimentar, ao contrário do que dizia a teoria de Dollard e Miller. Harlow concluiu então que tal como os humanos, os macacos também precisavam de contacto com as suas progenitoras para um bom desenvolvimento emocional e social.


  • Konrad Lorenz e os seus "filhos"

Já Konrad Lorenz fez uma experiência com ovos de ganso mantendo-os até perto do nascimento, mas antes deste colocou metade com as mães ganso e a outra metade a seus cuidados. Após o nascimento, os gansos bebés que ficaram ao cuidado de Lorenz interpretaram-no como mãe e seguiam-no como os outros faziam com as mães ganso. Para verificar este fenómeno de vinculação ao qual foi dado o nome de "Imprinting" colocou todos debaixo de uma caixa e depois de a retirar cada um deles se dirigiu para as suas "mães", metade para os gansos e a outra metade para Lorenz. Concluiu então que os gansos, entre outras aves, consideram a sua "mãe" o primeiro objeto que se mova à sua frente, ficando vinculados a este, mesmo que este não os alimente ou proteja. Sendo então mais um ponto a favor da teoria da Vinculação de John Bowlby.



Bruno Oliveira
12º C
Nº 7

Freud e o sonho



Freud e o sonho 

O psiquismo é composto por dois grandes sistemas: o inconsciente e o consciente/pré-consciente os quais são separados pela censura que através de mecanismos de recalque mantém certas realidades/representações inaceitáveis fora do sistema consciente. No entanto, estas representações exercem pressão para se tornarem conscientes/ativas levando assim a um jogo de forças entre os conteúdos reprimidos e os mecanismos repressores. Como resultado desta batalha há a produção das formações do inconsciente, traduzidas em sonhos, lapsos, déjà-vus, etc.
Para Freud, os sonhos são fenómenos psíquicos onde realizamos desejos inconscientes/reprimidos. A elaboração de um sonho ocorre porque “existe algo que não quer conferir paz à mente. Um sonho, pois, é a forma com que a mente reage aos estímulos que a atingem no estado de sono”. Os referidos estímulos podem ser restos de sensações fisiológicas diurnas ou ainda pensamentos ocultos, inconscientes, formados por desejos recalcados pela censura.
Basicamente, o sonho é uma conciliação da batalha anteriormente referida. Quando o homem dorme, a consciência “desliga-se parcialmente”, para que o inconsciente entre em atividade, produzindo o sonho: através do ID, os desejos reprimidos são realizados. Assim, Freud defende que o homem precisa de dormir para descansar o corpo e, principalmente, para sonhar.

“O sonho é a realização dos desejos reprimidos do homem consciente.”


Daniela Pacheco nº11

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Método psicanalítico

Método psicanalítico


Os mecanismos de repressão, negação e recusa são operações mentais que têm por objetivo proteger o ego da ansiedade excessiva, que provém do contacto com uma experiência que não pôde ser assimilada. As bases dos mecanismos de defesa são as angústias. Quanto mais angustiados estivermos, mais se activam os mecanismos de defesa. Mais tarde, somos levados a resolvê-los de forma indireta, levando á repreensão.
   O método psicanalítico é uma terapia que se baseia na ideia de conhecer e interpretar a origem dos problemas que envolvem tensões, ansiedades e sofrimentos. 
 O método psicanalítico para Freud, remete para os acontecimentos mais marcantes durante a infância. Apesar de esses problemas serem, por vezes, recalcados ou reprimidos, continuam a influenciar inconscientemente a personalidade e o dia a dia de essa certa pessoa. 
Assim, para se conseguir o acesso ao inconsciente utilizam-se duas técnicas. 
  • Livre associação:
  Em substituição à hipnose, Freud, utilizava este método de forma a que conseguisse trazer à consciência o que outrora foi reprimido, reconstruindo o(s) acontecimento(s) que se encontram como a origem da perturbação.
A técnica consiste em que o sujeito faça associações espontâneas de imagens, ideias e recordações, sem julgamentos, por mais estranhas que se possam tornar.




  • Interpretação dos sonhos:
  Nesta fase o objetivo é descobrir o conteúdo latente do(s) sonho(s) e descodificar o seu significado que se encontra oculto mas que é extremamente necessário para que se consiga realizar a análise, visto que, os sonhos são desejos inconscientes.

  Para além destas duas formas de intervenção, Freud constatou que é necessário estabelecer algum tipo de ligação entre o psicanalista e o paciente sendo este positivo ou negativo, a transferência. Pois, só dessa forma é que se conseguiria obter algum resultado.
 Para além de todos estes processos, um outro, é o processo de resistência. No fundo, é a tendência que um paciente tem para bloquear o "caminho" até ao acontecimento traumático, que é exatamente o que o psicanalista necessita de encontrar.

 É a aproximação do consciente sobre algo que estava inconsciente.




Inês Machado Nº22 
12ºC

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O suicídio

                                                                        O suicídio

   Para algumas pessoas, em determinados momentos da vida, pensar na morte torna-se na única saída para uma situação de sofrimento intolerável. Apenas num único ano, cerca de um milhão de pessoas no mundo puseram fim à sua própria vida – aproximadamente uma morte a cada 40 segundos – e provavelmente há 4 milhões que o tentam fazer! O suicídio encontra-se entre as 10 primeiras causas de morte, sendo que por cada suicídio ocorrem 11 tentativas sem sucesso.Só em Portugal, a taxa de suicídio dobrou na última década, de cerca de 600 para mais de 1.200 casos por cada ano. Dá que pensar, não é?
   A Psicanálise, teoria de Freud, é uma das áreas que se interessa pelo estudo do suicídio, onde tem de o olhar através da multidisciplinariedade na qual vários fatores são considerados, onde realiza o estudo da constituição do sujeito a partir das suas primeiras relações de objeto – mãe/filho, contexto familiar, estendendo-se mais recentemente para as interações sociais no intuito de compreender, profundamente, as causas humanas, através de processos psíquicos complexos. Freud acreditava, que o suicídio ocorre após um desejo reprimido de matar outra pessoa.
   Para a psicanálise, o suicídio é uma situação psicótica.  A tentativa geralmente está associada às fantasias que cada pessoa tem com relação à morte: busca de uma outra vida, desejo de ressurreição, reencontro com mortos, volta ao seio materno e retorno à vida intrauterina, agressão e punição ao ambiente.
   
Alguns números acerca das características das pessoas que tendem a suicidar-se…
  • Mais frequente nos homens que nas mulheres (2:1).
  • Presença de problema psiquiátrico/psicológico em pelo menos, 93% dos casos.
  • Perturbação do humor (depressão, bipolaridade) ou alcoolismo em 57-86 % dos casos.
  • Doença terminal em 4-6% dos casos.
  • Cerca de 66% comunicaram a intenção suicida (40% de forma clara).
  • Cerca de 33% tiveram tentativas anteriores de suicídio.
  • Cerca de metade não tinham contactado técnicos de saúde mental.
  • 90% tinham contactado serviços de saúde.
   O suicídio raramente é uma decisão repentina, apesar de amigos e familiares conceberem esse acontecimento como algo completamente inesperado, surpreendente ou até chocante. Na maioria dos casos, o suicídio é algo planeado – a pessoa constrói um plano, estabelece uma data, define um método e pensa nessa possibilidade ao longo de algum tempo, antes de tomar uma decisão definitiva.
 
 Para fortalecer o que já foi dito, aconselho a visualizarem o link abaixo, que relata a historia de Amanda Tood, uma simples rapariga que dicidiu por fim á vida com apenas 15 anos.

                                         https://youtu.be/I2iv6SVZcz8                                         
                                                                                                                               Catarina Nº9


Noções básicas da terapia freudiana

   Em diferentes momentos da vida uma pessoa pode se sentir impelida a iniciar um tratamento de   psicoterapia. Existem diferentes correntes, sendo que uma das mais difundidas é a psicanálise, que se baseia nas teorias desenvolvidas por Sigmund Freud.
   Quando o paciente inicia as sessões com o profissional que segue a linha freudiana, as palavras ditas no consultório são interpretadas e associadas. Essa é a forma do psicanalista buscar a cura, por meio das palavras.
   Para tanto, é usado, especialmente, o método da associação livre, que serve para o profissional sondar o inconsciente do paciente. A técnica consiste em estimular a pessoa a falar sobre o seus pensamentos, os quais podem apontar de onde os conflitos se originam.
   Não apenas as palavras, mas também ações, sonhos e fantasias possuem significados ocultos, já que no discurso do paciente pode haver esquecimento e repressão. Esses mecanismos são usados pelo ser humano para fazer desaparecer situações dolorosas.
   Para Freud, geralmente, o que é reprimido pelo paciente tem relação com conflitos providos de sua sexualidade. Eles se originam na fase fálica, quando a criança estrutura a sua personalidade. É nessa fase que ocorre o complexo de Édipo, um conjunto de sentimentos hostis e amorosos que a criança conduz aos pais.
             
                                  


   Especialistas afirmam que mesmo os profissionais que seguem a linha de Freud se adaptaram às novas descobertas e estudos. Dessa forma, fazem uso de outros conhecimentos também ao tratar os seus pacientes.
   Nesse contexto, uma das mudanças é que as crianças podem ser analisadas, no entanto, ao invés do método da associação livre se utiliza a interpretação de desenhos, além de jogos e brincadeiras. É a forma que a criança tem de expressar os seus sentimentos.
   Há psicanalistas que também defendem o pressuposto de que o desenvolvimento da criança está associado à segurança que recebe, inclusive, da figura materna. Assim, é possível associar a anorexia, por exemplo, com problemas na fase do aleitamento.
   Também é levada em consideração a relação analista-paciente, pois o profissional se observa durante uma sessão. Com isso, devolve ao paciente suas próprias experiências e, assim, quem faz a terapia aceitar melhor suas frustrações e limites, pois vê que o outro também falha.



                                                                                    Bruna Fernandes nº5


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O Desenvolvimento Psicossexual

 Nas últimas aulas, temos abordado o assunto da sexualidade, e é precisamente esse tema que eu vou abordar, tendo em conta a perspetiva de Freud.
 Freud atribui à sexualidade um papel de grande relevância no estudo da Psicologia. Para Freud, a sexualidade é a componente fundamental da realização do ser humano.
 Freud afirma que a satisfação sexual é toda a sensação agradável cuja fonte é um determinado orgão ou região corporal, sendo que a sexualidade não se reduz ao contacto genital.
 A partir do estudo de vários pacientes, Freud apercebeu-se que os problemas de que sofriam eram o resultado de traumas vividos nos primeiros anos de vida. Segundo este, o ser humano desenvolve-se em cinco estádios, sendo que cada estádio corresponde a uma complexa interação entre o impulso natural para a obtenção do prazer e fatores sociais que influenciam o modo como lidámos com os desejos sexuais.
 Freud usa o termo psicossexual para se referir ao modo como a vivência dos nossos impulsos sexuais no confronto com o meio envolvente tem impacto no tipo de pessoas que viremos a ser.
 Pessoalmente, concordo com a teoria proposta por Freud, creio que a sexualidade tem de facto uma grande importância na personalidade de cada ser humano, sendo que as restrições impostas pela sociedade nos impedem de mostarmos quem realmente somos!


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                                                                                                                      Luís Monteiro Nº13

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Desigualdade de género

  A desigualdade entre a Mulher e o Homem é, na atualidade, um dos temas mais polémicos e suscetível das mais variadas opiniões. Há quem ainda defenda que a mulher deve ser encarada como uma mera dona de casa, cujas funções são limpar, cozinhar e cuidar dos filhos. Por oposição, e em crescente número, existe quem defenda que o sexo feminino e o sexo masculino devem ser olhados da mesma forma, estando sujeitos aos mesmos direitos e deveres.
 
  Nas civilizações antigas, a mulher ocupava uma posição de inferioridade social em relação aos indivíduos do sexo masculino. Por exemplo, na Grécia Antiga estas não eram sequer consideradas cidadãs. As desigualdades verificadas, levavam a que lhes fossem atribuídas funções, sobretudo de ordem doméstica. Funções, tais como a limpeza das casas, a procriação e a educação dos seus filhos, sendo que estas deveriam ser submissas aos seus maridos. Ainda na Grécia Antiga, as mulheres casadas eram proibidas de contactarem com outros homens que não fossem seus familiares.

  Também na maioria das civilizações primitivas era possível constatar esta realidade. Os elementos do sexo masculino dedicavam-se à caça, aos ''trabalhos'' que seriam considerados de maior importância, sendo os responsáveis pelas decisões ''políticas'' do grupo. Já as mulheres, não tinham esse poder de decisão, eram lhes atribuídos os ''trabalhos'' que se julgavam menores, sendo sobretudo coletoras e educadoras das crianças.

  Porém, e ainda que em grande minoria, existiam certos grupos que defendiam a igualdade dos sexos. É o caso relatado num estudo científico, publicado pela revista ''Nature''. Nesse estudo é possível perceber que, em certas civilizações primitivas, mulheres e homens partilhavam um mesmo poder de decisão, e igual influência. Os cientistas investigaram duas populações nómadas (uma nas Filipinas e a outra no Congo), onde as funções eram partilhadas de igual modo. Por exemplo, nas Filipinas as mulheres também se dedicavam à caça e os homens também cuidavam das crianças.

  A questão da desigualdade de sexos é, ainda hoje, um tema que merece uma reflexão minuciosa. Muitas pessoas dizem que a mulher já não é vista como desigual em relação ao homem, afirmando que essas diferenças desapareceram por volta do início do século XX. No entanto, ainda hoje podemos verificar que não é bem assim. Por exemplo, os cargos políticos são ocupados em grande maioria por homens, bem como os grandes cargos nas empresas que pertencem em grande número a indivíduos do sexo masculino. É certo que, também existem mulheres nestas funções, porém em grande minoria comparado com os homens. Podemos também encontrar diferenças na questão dos salários. Um homem que desempenhe a mesma tarefa que uma mulher, tem um vencimento superior. Mas afinal, não será uma mulher capaz de desempenhar uma tarefa do mesmo modo ou até melhor que um homem? Será justificável que existam tantas desigualdades, quando a sociedade defende que todos devem ser tratados de igual modo?


  Este é realmente um assunto que deve ser encarado de forma séria por todos. A mulher deve ser respeitada e tratada do mesmo modo que o homem. Esta tem um papel essencial na sociedade e, como tal, devemos reprimir certas mentalidades. A mulher não deve ser vista como um ser frágil ou incapaz. Deve ser tida como alguém que também possui direitos, devendo ser considerada tão ou mais capaz que um homem.

Pedro Ribeiro
Nº 18

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Desenvolvimento psicosocial

Na psicologia de Sigmund Freud, desenvolvimento psicossexual é o elemento central da teoria psicanalítica dos instintos, que os seres humanos, desde o nascimento, possuem uma libido (energia sexual) instintiva que se desenvolve através de vários estágios.

Fase Fálica
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Período: de 4 a 6 anos aproximadamente, neste período, haveria um interesse sexual maior que faria com que a criança se sentisse fisicamente atraída ao seu genitor de sexo oposto. Em homens, a atração leva ao Complexo de Édipo, quando meninos sentem uma rivalidade com seu pai pelo amor da mãe
Características: Nesta etapa do desenvolvimento a atenção da criança volta-se para a região genital e ela apresenta um forte comportamento narcisista, de representação de si, onde cria uma grandiosa imagem de si mesma. Inicialmente a criança imagina que tanto os meninos como as meninas possuem um pénis. Ao serem defrontadas com as diferenças anatômicas entre os sexos, as crianças criam as chamadas "teorias sexuais infantis", imaginando que as meninas não tem pénis porque este órgão lhe foi arrancado (complexo de castração). As meninas vêem-se incompletas (por causa da ausência e consequente inveja do pénis).

Carlos Sousa nº8, 12ºC.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

A Amamentação







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A amamentação e a sua importância do ponto de vista Psicológico.











Nos dias de hoje, qualquer um de nós não possui dúvidas acerca da importância do tipo de alimentação que um bebé deve ou não ter nos primeiros tempos de vida. O tipo de alimentação vai ser um fator dominante no que diz respeito à interação entre mãe e filho, para além de ter extrema importância biologica e psicológica para a criança em questão.

Se recuarmos um pouco na história podemos verificar que a questão do aleitamento materno tem vindo a ser entendida de diversas formas ao longo dos tempos. Durante muitos  anos era vergonhoso, nomeadamente nas classes mais ricas, que as mães criassem os seus filhos, e estava fora de questão a sua amamentação. Até aos finais do século passado, em muitos países europeus, o aleitamento materno estava e permaneceu a cargo de amas-de-leite. Hoje em dia esta situação já não ocorre, mas continuam a existir factores, quer sociais, quer psicológicos, para alguma ocorrência de aleitamento artificial.

Do ponto de vista psicológico (por vezes, completamente diferente do sociológico), encontramo-nos perante uma tendência para a desmoralização das funções procriadoras da mulher, através do aumento de partos induzidos e a administração de medicamentos para a eliminação da produção do leite. Tem-se vindo a chamar a atenção para os impactos destes procedimentos, no desenvolvimento do bebé e na qualidade da relação e interacção com ele. Convém salientar que não é só a criança que se prejudica com esta situação, pois também a mãe acaba por sofrer, do ponto de vista psicológico, consequências negativas ao renunciar ao aleitamento do seu filho.

Alguns autores referem a ocorrência de perturbações psicológicas em adultos que na infância foram privados de uma alimentação que os envolvesse numa relação próxima com a mãe. Outros estudos remetem ainda para a importância dos efeitos benéficos do aleitamento materno na qualidade da interacção mãe-bebé que se reflete positivamente noutros contextos interactivos. Em situação de interacção livre entre mãe e bebé, as mães que amamentam ao seio os seus filhos exibem um maior número de iniciativas positivas, ao nível do jogo, no contacto físico e nas expressões de afecto. Os bebés destas mães, revelam um maior número de contactos físicos e de vocalizações e menor número de expressões de zanga nas interacções com a mãe.


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Com as célebres experiências em Wisconsin, com os macacos Rhesus e as mães feitas de pano e de arame, pode-se concluir que o factor mais organizador e protector não era o alimento em si, mas o aconchego e o contacto físico proporcionado pelas mães de pano.

Outro aspecto igualmente importante éo desenvolvimento da comunicação e dos processos de pensamento que se encontram intimamente relacionados com a relação mãe-bebé. O aleitamento materno constitui uma experiência que poderá promover a qualidade desta interacção a um nível muito precoce.

Do ponto de vista emocional, amamentar traz inúmeras vantagens, pois, a interação rica entre mãe e filho proporciona uma mútua satisfação. 

A ligação forte entre ambos, o contato íntimo da pele e o olhar permitem que sintam um enorme PRAZER neste ato. Este contacto possibilita que o amor vá aumentando a cada mamada, construindo uma base sólida, vinculando para sempre mãe e filho. As crianças privilegiadas por este contacto precoce com suas mães após o parto são menos ansiosas e mais tranquilas, sofrendo menos stress causado pela separação do corpo materno.



O ajustamento do bebé ao seio é extremamente importante. Nesse ajuste é fundamental que a mãe dê atenção ao ritmo do bebé e da sua sucção, pois é importante não só a alimentação em si, sob o ponto de vista nutritivo ou como protector de infecções, mas também a sua satisfação oral - 1º ESTÁDIO (FASE) DA TEORIA DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL.. Esta satisfação ajuda a reduzir a tensão e a induzir o sono. Esta ou a sua carência, encontra-se relacionada com algumas problemáticas da vida adulta.

O desmame constituiu o primeiro conflito da infância e o contacto inicial da criança com as exigências sociais.





NÃO SE TRATA APENAS DO TIPO DE ALIMENTAÇÃO MAS  DE UM ATO QUE IRÁ AFETAR O RESTO DAS NOSSAS VIDAS.


Bárbara Costa
Nº2 12ºC