domingo, 4 de junho de 2017

O caso de Phineas Gage

  Phineas Gage viveu no século XIX, nos Estados Unidos. Era visto como um rapaz bastante simpático, bem-educado, responsável e esforçado. Trabalhava como funcionário nos caminhos de ferro americanos e, em 1848, com apenas 25 anos, sofreu um grave acidente de trabalho. Enquanto colocava explosivos, ocorreu uma enorme explosão. Umas das barras de ferro ter-se-à soltado, perfurando-lhe o crânio, atingindo as áreas pré-frontais cerebrais. Por incrível que pareça, Phineas sobreviveu, porém nunca chegou a recuperar totalmente. Após o acidente, tornou-se numa pessoa bastante mal educada, arrogante, irritando-se com muita facilidade. 


  Esta repentina mudança no seu comportamento foi explicada pelo facto de a barra metálica ter atingido as áreas pré-frontais. Assim, ficou demonstrado que, esta zona cerebral, desempenha uma importante função ao nível da regulação das nossas emoções e personalidade. Phineas acabaria por perder o seu emprego, deambulando pelas ruas de Nova Iorque e pela Califórnia. Morreu em 1861, com 38 anos. Foi enterrado juntamente com a barra de ferro que o mudou para o resto da vida.

Assim percebemos que, as áreas pré-frontais, não são responsáveis apenas pela memória, resolução de problemas, reflexões ou tomadas de decisões. Estas assumem um papel fundamental na nossa personalidade e emoções, ditando quem nós somos e como vemos o mundo à nossa volta.

Pedro Ribeiro, nº 18

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