quarta-feira, 29 de março de 2017

O reducionismo de Watson

Watson diz-nos: “O que nós somos é o que fazemos, e o que fazemos é o que o ambiente nos faz fazer”. Em suma, Watson refere-se ao ser humano como o resultado de um meio, de uma educação específica. Watson chega mesmo afirmar ser possível, através do meio em que é inserida, vocacionar uma criança, educa-la, de forma a agir e a ser como ele pretende.
Segundo este conceito seria esperado que perante as mesmas condições de educação e amadurecimento emocional, pessoas diferentes agissem de forma igual em situações iguais.
Olhemos então para a história de dois irmãos cujo pai era um alcoólico da pior espécie. Um dos irmãos cresceu para se tornar um exímio carpinteiro que nunca bebeu. O outro acabou por se tornar um bêbado pior que o pai. Quando questionado sobre o porquê de nunca ter bebido o primeiro irmão responderá que nunca sequer tentou experimentar uma gota de álcool porque viu o que este fez com o seu pai. O segundo irmão, pelo contrário, diz ter aprendido a beber nos joelhos do pai.
Portanto, ao invés de nos limitarmos a este conceito de Watson de que somos quem somos devido, exclusivamente, ao meio envolvente devemos ter em mente que aquilo que somos é produto de inúmeras razões as quais nem sempre podem ser explicadas ou compreendidas.

Daniela Pacheco nº11

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