sábado, 4 de março de 2017

Transtorno de Personalidade Narcisista

   O Transtorno de Personalidade Narcisista faz parte de um grupo de distúrbios mentais  chamados Transtornos de Personalidade Dramática. Os individuos afetados com estes transtornos têm emoções intensas, instáveis e uma visão distorcida de si próprios.
Particularmente, as pessoas com Transtorno de Personalidade Narcisista, além de apresentarem os sintomas referidos, têm um amor anormal por si próprias, um complexo elevado de superioridade e importância e uma preocupação com o sucesso e poder. Ao contrário do que se possa pensar, estas atitudes escondem na realidade  uma profunda sensação de insegurança e uma auto estima frágil.

     Na prática, um indivíduo  com esta patologia é autocentrado, prepotente, procura constantemente  atenção e admiração  e considera-se melhor do que os outros. Para além disso, acredita que tem direito a ter um tratamento especial por parte de quem o rodeia e pode aproveitar-se de quem lhe der jeito para alcançar os seus objetivos (não olhando, por isso, a meios para atingir um fim). É importante também realçar que outros traços desta doença passam por ter inveja dos outros ou pela convicção que eles têm inveja de si, uma enorme sensibilidade a insultos e críticas  e um comportamento e atitude agorrantes.

    A causa exata deste distúrbio ainda não é conhecida. Contudo, muitos professionais da área da saúde mental acreditam que esta doença surge devido a uma combinação de fatores tais como vulnerabilidades biológicas, fatores psicológicos que envolvem a incapacidade de gerir situações de tensão e interações sociais com adultos durante a infância.

    Alguns profissionais da área que pesquisam sobre este assunto acreditam que este transtorno pode ser mais propenso a desenvolver-se em crianças que são educadas com demasiado mimo  ou em filhos que são pressionados pelos pais para que sejam talentosos em algo. 
Por outro lado, esta perturbação pode surgir como resultado de um trauma provocado por abusos ou negligência sofridos durante a infância.

    A presença desta doença torna-se evidente durante a adolescência ou inicio da idade adulta, que é quando os traços da personalidade ficam consolidados.

  Esta patologia é diagnosticada  por um psicólogo ou psiquiatra, que compara os sintomas manifestados pelo paciente com os sintomas carateristicos da doença, averiguando, assim, se ele efetivamente sofre deste transtorno.

  Esta doença  pode ser tratada com recurso a três terapias: terapia comportamental (ajuda a identificar comportamentos e convicções negativas e a substitui-los por ideias positivas, saudáveis); terapia familiar (consiste em reunir toda a família nas sessões  de terapia e, juntos, procurarem soluções para lidar com eventuais problemas de relacionamento  que possam existir entre si)  e terapia de grupo ( consiste num encontro com pessoas que sofram do mesmo transtorno, que tem por objetivo um melhor relacionamento do doente com os outros). Todas estas terapias têm como base a psicanálise ("cura pela fala").


                                                                                                                            Cláudia Monteiro Nº10



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