O ser Humano é na sua essência um ser dotado de necessidades,
desde as mais básicas (fisiológicas e de segurança), passando pelas
psicológicas (socias e de estima), até às de realização pessoal (autorrealização).
Este tende sempre a satisfazê-las conservando assim a sua existência/(EROS) e como bónus também obtém prazer.
O cérebro do Homem é a máquina mais complexa que se tem vindo
a investigar ao longo de imensos anos. Ainda assim é extremamente enigmático
todo o seu processo, levantando inúmeras questões (algumas delas mesmo
inexplicáveis) como por exemplo o que nos leva a ter determinados comportamentos
e reações quando expostos a diferentes situações. Parte da resposta a esta
questão passa pelo hipotálamo que é uma região do encéfalo em que uma das suas
funções é agir como regulador das necessidades básicas dos mamíferos em geral; isto
é, as sensações de fome, frio, sede, saciedade, sono, etc. são tudo informações
que nos são dadas pelo hipotálamo com vista à posterior satisfação das mesmas.
Nas crianças as necessidades/impulsos a que o Homem é
constantemente sujeito são algo extremamente difícil de controlar, isto porque
elas são seres maioritariamente biológicos e regem-se apenas pelo princípio do
prazer, por outras palavras, agem apenas de maneira a satisfazer imediata e
totalmente essas mesmas necessidades. Não obstante que já lhes é começado a ser
incutido alguns valores culturais e de vida em sociedade, isto é, a educação.
A educação passa então pela aprendizagem de que se deve
dominar ou contrariar determinados impulsos (necessidades), ou seja aguardar/retardar
o prazer. Visto que a idade mais importante e com mais influência na personalidade
de uma pessoa é durante a infância (dos 0 aos 5/6 anos), quando esta aprendizagem
é conseguida futuramente as crianças atingirão mais
competências tanto cognitivamente como socialmente e também uma melhor
capacidade de lidar com a frustração e o stress. Estes dados foram retirados de
um teste importantíssimo e dos mais famosos na área da psicologia criado por
Walter Mischel. No “Teste do Marshmallow” é avaliada em várias crianças a capacidade
de dominar as necessidades e retardar a gratificação imediata (autocontrole). O
teste constitui em dar a cada criança um marshmallow, e impor a condição de que
se estas resistissem ao doce enquanto o adulto se retira da sala e não o comessem,
no fim receberiam dois. Todas as crianças tiveram reações diferentes a este
teste, vou então deixar o Video Teste do Marshmallow como complementar.
Este teste pode funcionar também
como elo de ligação entre aquilo que é inato ao ser humano (as necessidades,
instintos e pulsões) e aquilo que este aprende a partir do meio/sociedade em
que está incluído (o facto de ter de dominar, controlar essas mesmas necessidades/instintos/pulsões).
Bárbara Ribeiro nº3
Bárbara Ribeiro nº3
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