segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

A autoestima como alicerce para o futuro de uma criança

"Sorrowing Old Man" ('At Eternity's Gate'),
by Vicent Van Gogh
O conceito "autoestima" é entendido como a estima que o Homem tem por si mesmo, a opinião que este formula à cerca da sua pessoa. A "autoestima" não é nada mais nada menos que a valorização que o Homem dá a si mesmo. A autoestima é algo que o ser humano adquire e portanto não é inato. Algo que o Homem adquire quando ainda não passa de um ser indefeso. A autoestima começa a ser instituída na criança durante o primeiro ano de vida. Sabendo (na sua generalização) do que trata o termo "autoestima", importa saber qual a sua importância e qual o seu papel no desenvolvimento do Homem. Será a "autoestima" algo de necessário e fundamente ao desenvolvimento da criança?  Como uma boa autoestima leva também a uma vida mais bem vivida, é fundamental que a criança para conseguir ter um bom futuro, receba uma boa infância, para assim conseguir uns bons alicerces que mais tarde farão dele um grande cidadão.

Quando a criança não recebe afeto nem a aprovação dos mais adultos, esta pode achar-se desajustada no contexto em que se encontra inserida. É necessário no primeiro ano de vida, dar o afeto e carinho que a criança precisa para que esta se sinta bem com ela, para que se sinta amada. Claro que temos neste caso, duas situações extremas. Uma em que a criança recebe demasiado afeto durante a sua infância e como tal, no futuro pode tornar-se numa pessoa "mimada", que toma todo como garantido. E outra em que a criança é privada de carinho durante a sua infância e como tal, no futuro, esta sentir-se-á mal com ela mesma, odiada, ignorada. O que se pretende durante a educação de um filho é que este possa receber o carinho e o afeto necessário para que se torne numa pessoa adulta bem sucedida, afável.

“The man who does not value himself, cannot value anything or anyone.” 
― Ayn RandThe Virtue of Selfishness: A New Concept of Egoism

Porém, tal nem sempre acontece. Pegando na primeira situação, quando a criança no seu primeiro ano de vida é acarinhada demais, esta poderá tornar-se numa pessoa "mimada". Ações como, ceder às vontades da criança (às suas "birras"), podem despertar na criança uma sensação de poder. Esta apercebe-se que se recorrer a este método, consegue o que quer. E como tal, no futuro, esta tornar-se-á numa pessoa que toma tudo por garantido, uma pessoa que não luta por nada, porque espera que as coisas lhe cheguem até si.

“I prefer to be true to myself, even at the hazard of incurring the ridicule of others, rather than to be false, and to incur my own abhorrence.” 
― Frederick Douglass

"Ouve-me", by Helena Almeida
Já na segunda situação, quando a criança no seu primeiro ano de vida é privada de afetos, esta poderá tornar-se no futuro, numa pessoa revoltada com a vida, com graves dificuldades em demonstrar afeto para com as outras pessoas, porque também esta foi privada deles quando mais os precisou.

Em ambas as situações, alta autoestima (situação I) e baixa autoestima (situação II) só trás consequências negativas. Estes picos da autoestima podem resultar em graves consequências para a saúde da pessoa, para a sua relação com a sociedade e para a sua produtivadade. Como tal, no primeiro ano de vida de uma criança, deve-se ensinar o que é amar, mas também o significado da palavra "não"; permitindo assim que a criança se desenvolva de modo a que consiga ser bem sucedida enquanto Homem.

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Vítor Ferreira (21)

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