segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

O EGO E O SUPEREGO

    O Ego:


   Ego (em alemão ich, "eu") designa na teoria psicanalítica uma das três instâncias dinâmicas do aparelho psíquico. O ego desenvolve-se a partir do Id com o objetivo de permitir que seus impulsos sejam eficientes, ou seja, levando em conta o mundo externo: é o chamado princípio da realidade. É esse princípio que introduz a razão, o planeamento e a espera no comportamento humano. A satisfação das pulsões é retardada até o momento em que a realidade permita satisfazê-las com um máximo de prazer e um mínimo de consequências negativas.
    A principal função do Ego é buscar uma harmonização inicialmente entre os desejos do Id e a realidade do Superego. Há muitos conflitos entre o Id e o Ego, pois os impulsos não civilizados do Id estão sempre querendo expressar-se. Freud destacava que os impulsos do Id são muitas vezes reprimidos pelo Ego por causa do medo de castigo. Ou seja, o Ego pode coibir os impulsos inaceitáveis do Id, o "desejo de roubar", por exemplo, seria um impulso do id (que é totalmente inconsciente). Porém, visto que o indivíduo não pode sobreviver obedecendo somente aos impulsos do Id, é necessário que ele reaja realisticamente a seu ambiente de convívio. O conjunto de procedências que leva o indivíduo a comportar-se assim, é o Ego. O Ego é, portanto, mais realístico do que o Id, visando sempre as consequências dos impulsos inconscientes do Id.
    O Ego não é completamente consciente, os mecanismos de defesa fazem parte de um nível inconsciente.

O Superego:


   Superego designa na teoria psicanalítica uma das três instâncias dinâmicas do aparelho psíquico. É a parte moral psique e representa os valores da sociedade.
   O superego divide-se em dois subsistemas: o Ideal do ego, que dita o bem a ser procurado; e a consciência moral, que determina o mal a ser evitado.
   O superego tem três objetivos:


  • inibir (através de punição ou sentimento de culpa) qualquer impulso contrário às regras e ideais por ele ditados (consciência moral);
  • forçar o ego a se comportar de maneira moral (mesmo que irracional)
  • conduzir o indivíduo à perfeição - em gestos, pensamentos e palavras (ideal do ego).

   O superego forma-se após o ego, durante o esforço da criança de introjetar os valores recebidos dos pais e da sociedade a fim de receber amor e afeição. Ele pode funcionar de uma maneira bastante primitiva, punindo o indivíduo não apenas por ações praticadas, mas também por pensamentos; outra característica sua é o pensamento dualista (tudo ou nada, certo ou errado, sem meio-termo).
   Costuma dizer-se que "o superego é o herdeiro do complexo de Édipo", levando em consideração que durante a fase fálica há a castração, a proibição do incesto, dada pelo pai, que ao mesmo tempo que corta lhe dá possibilidade. Os psicopatas têm um id dominante e um superego muito reduzido, o que lhes tolhe o remorso, sobressaindo a falta de consciência moral.
   O superego nem sempre é consciente, muitos valores e ideais podem ser despercebidos pelo eu consciente.


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                                                           Bruna Fernandes, nº5








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