quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Homossexualidade: doença ou normalidade?


“ Não há cura para o que não é doença”

Escrevo esta frase sem descobrir o seu autor mas apesar disso ela tem tanto ou mais valor do que todas as outras neste contexto.

Hoje em dia a nossa sociedade vive em funções de normas expostas por ela mesmo. Sim, vive mesmo! Afirmo isto desta maneira porque ainda nos dias de hoje o que não é comum, ou é doença ou é crime.


“ O leque das culturas
Humanas é tão vasto, tão
Variado( e de fácil
Manipulação) que, sem
Dificuldades, encontramos
Argumentos que sustentam
Toda e qualquer hipótese”

- Lévi-Strauss

E desta forma podemos reparar que aqueles que não respeitam esta descoberta sexual são aqueles que utilizam os argumentos de que a homossexualidade não é normal  porque não leva à reprodução, mas essas pessoas ignoram comportamentos sexuais que também não levam a esse fim ( sexo anal, sexo oral, ...)  como pressupõe que o instinto sexual tem um  objetivo somente a reprodução. Dizer que o instinto sexual tem um objetivo já é certamente incorreto ( é um pensamento teleológico, incoerente com a seleção natural), mas, mesmo se tivesse, este não seria a reprodução, mas apenas a sua satisfação.

Contudo ás vezes o menos é não aceitar, ás vezes é o não respeitar, o que infelizmente acontece em alguns países em pleno século vinte e um:

  • ·         Maldivas- para homens, exílio ou chicotadas, prisão domiciliar para as mulheres;
  • ·     Tanzânia- detenção trinta anos à prisão perpetua para os homens, multa ou detenção por cinco anos para as mulheres;
  • ·         Somália-  morte por apedrejamento nas regiões ao sul e ate três anos de prisão no resto do pais.


Infelizmente este ódio extremo mantém-se por mais setenta e seis países hostis com a sexualidade no mundo (a única exceção é a Europa).

A sexualidade humana e, particularmente, o conceito de identidade sexual são conceitos que continuaram a sofrer mudanças, tais são os condicionalismos de ordem  cultural que determinam iNterações diferentes e, logo, influenciarão o modo como as pessoas constroem a sua identidade. 

O papel da psicologia deverá  ser o de compreender e aceitar as pessoas que se descobrem como não-heterossexuais e trabalhar  para uma sociedade que lhes possibilite uma expressão identitária em liberdade.

Deixo em enfase o facto de me ser indiferenteo exemplo de que existam pessoas que não aceitem esta orientação, só faço juizos de valor aqueles que não o respeitam porque a ignorancia os dominam e que justificam esta diferença como sendo uma doeça só porque não é cumum, quando os doentes são aqueles que não respeitam o sentido do amor.

Catarina Fernandes
Nº9
12º C

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