“ Não há cura para o que não é doença”
Escrevo esta frase
sem descobrir o seu autor mas apesar disso ela tem tanto ou mais valor do que
todas as outras neste contexto.
Hoje em dia a nossa sociedade vive em funções de normas
expostas por ela mesmo. Sim, vive mesmo! Afirmo isto desta maneira porque ainda
nos dias de hoje o que não é comum, ou é doença ou é crime.
“ O leque das culturas
Humanas é tão vasto, tão
Variado( e de fácil
Manipulação) que, sem
Dificuldades, encontramos
Argumentos que sustentam
Toda e qualquer hipótese”
- Lévi-Strauss
E desta forma podemos reparar que aqueles que não respeitam
esta descoberta sexual são aqueles que utilizam os argumentos de que a
homossexualidade não é normal porque não
leva à reprodução, mas essas pessoas ignoram comportamentos sexuais que também não
levam a esse fim ( sexo anal, sexo oral, ...) como pressupõe que o instinto sexual tem um objetivo somente a reprodução. Dizer que o
instinto sexual tem um objetivo já é certamente incorreto ( é um pensamento
teleológico, incoerente com a seleção natural), mas, mesmo se tivesse, este não
seria a reprodução, mas apenas a sua satisfação.
Contudo ás vezes o menos é não aceitar, ás vezes é o não
respeitar, o que infelizmente acontece em alguns países em pleno século vinte e
um:
- · Maldivas- para homens, exílio ou chicotadas, prisão domiciliar para as mulheres;
- · Tanzânia- detenção trinta anos à prisão perpetua para os homens, multa ou detenção por cinco anos para as mulheres;
- · Somália- morte por apedrejamento nas regiões ao sul e ate três anos de prisão no resto do pais.
Infelizmente este ódio extremo
mantém-se por mais setenta e seis países hostis com a sexualidade no mundo (a
única exceção é a Europa).
A sexualidade humana e,
particularmente, o conceito de identidade sexual são conceitos que
continuaram a sofrer mudanças, tais são os condicionalismos de ordem cultural que determinam iNterações diferentes
e, logo, influenciarão o modo como as pessoas constroem a sua identidade.
O
papel da psicologia deverá ser o de
compreender e aceitar as pessoas que se descobrem como não-heterossexuais e
trabalhar para uma sociedade que lhes
possibilite uma expressão identitária em liberdade.
Deixo em enfase o facto de me ser indiferenteo exemplo de que existam pessoas que não aceitem esta orientação, só faço juizos de valor aqueles que não o respeitam porque a ignorancia os dominam e que justificam esta diferença como sendo uma doeça só porque não é cumum, quando os doentes são aqueles que não respeitam o sentido do amor.
Catarina Fernandes
Nº9
12º C
Sem comentários:
Enviar um comentário