O instinto, do latim instinctu, é algo inato ao ser vivo, um tipo de inteligência no seu grau mais primitivo. Este guia o homem e os animais que possuem um grau mais elevado na sua trajetória pela vida, nas suas ações, visando justamente a preservação do ser. Os instintos são adquiridos nas experiências vividas, no confronto com determinadas situações e nas respostas a elas, herdados pelas gerações anteriores. Mas, certamente, o homem não deve, na sua etapa atual, se deixar dominar pelos instintos.
Então, instinto é, essencialmente, a parte do nosso comportamento que não é fruto de aprendizagem. Contudo, o ambiente em que estamos inseridos pode ter uma influência poderosa no modo pelo qual os nossos instintos se expressam.
Quando os bebés abrem os seus olhos e começam a registar a existência de um mundo externo, inicia-se um complicado processo do desenvolvimento neural. Os instintos são acionados um a um – são as ferramentas de sobrevivência que vêm pré-embaladas com o recém-nascido. Mas o cérebro não se pode desenvolver a não ser que receba os impulsos corretos.
O desenvolvimento da natureza humana depende das pessoas e da cultura à nossa volta. Daí a importância fundamental da educação, da experiência e do ambiente social nos quais somos criados.
Freud determinou que todos os instintos caem em uma das duas classes principais: os instintos de vida ou os instintos de morte- Eros (Instintos de vida) e Thanatos (instinto de morte):
Instinto de Vida (Eros)
Às vezes referidos como instintos sexuais, os instintos de vida são aqueles que lidam com a sobrevivência básica, prazer, e reprodução. Esses instintos são importantes para sustentar a vida do indivíduo, bem como a continuação da espécie.
Instinto de morte (Thanatos)
Freud propôs que “o objetivo de toda a vida é a morte” (1920). Ele observou que as pessoas o experimentam após um evento traumático (como guerra), que muitas vezes revive a experiência. Ele concluiu que as pessoas têm um desejo inconsciente de morrer, mas que este desejo é amplamente temperado pelos instintos de vida.
Diana Oliveira, nº12
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